terça-feira, 28 de maio de 2013

Uma crônica de amor


A vida de escritor às vezes nos prega algumas peças. Faz um tempo que quero produzir algo e simplesmente não consigo. Acho que chamam isso de cãibra do escritor (ou qualquer coisa do gênero). Tentei de tudo: fechar-me no quarto com uma folha e caneta, sair observando coisas diferentes, tentei escrever por escrever e ver se algo fluía, fiquei de ponta cabeça com uma maçã na boca (ta, eu não faço isso), reuni todas as coisas agradáveis e gostosas a minha volta e nada.               
E esse é o maior problema, nada saí e aquilo dentro de você gera um grande incômodo. É como aquela comida que não lhe caí bem, que fica ali te incomodando, incomodando e querendo sair do seu corpo de alguma forma. Perdão pela comparação, meus sentimentos e minhas ânsias não são tão repugnantes assim, pelo contrário, são sentimentos belos e nobres que querem ganhar voz.
                Então, vamos para a hipótese de que eu sou incompetente como escritor. Não sei transcrever em palavras as minhas idéias, muito menos torná-las acessíveis para os outros. Mas não é isso que quero alcançar em meus escritos, quero despertar nos leitores os sentimentos deles e não os meus.

                Termino então com a minha teoria mais certa: há coisas que eu não consigo explicar, há coisas que eu não consigo traduzir. São coisas que me pesam, me trazem responsabilidades, muitas vezes um peso nos ombros. Mas esqueço de tudo isso, porque são essas coisas também que alimentam o meu amor por você. Eu simplesmente não sei explicá-lo, não sei traduzi-lo e sempre que vou declará-lo, pareço um babuíno tentando dizer algumas palavras. Porém os meus gestos, os meus carinhos e a minha dedicação tentam demonstrar o que sinto. Não tenho porque continuar esse texto, já lhe disse que não sei explicar esse amor, abandone essa leitura e venha para os meus braços, viva o inexplicável comigo...

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