sexta-feira, 28 de setembro de 2012


A minha sanidade anda corrompida,
Os muros sucumbiram,
Diante da mente comprometida,
As idéias lúcidas sumiram,
O mundo mudou,
Também se calou.
A solidão é a minha companheira,
Tende a ser a minha herdeira,
De um reino falido,
Que espero ser lido,
Para a dama que o destinei,
Dama que tanto amei...
Os rabiscos se tornaram borrões,
As idéias flutuantes,
Os sentimentos em turbilhões,
O amor mais distante.
A poeisa é vaga,
Produzi-la é uma árdua saga,
Sem sentimentos é vazia,
Me produzem ânsias,
E asco do que escrevo,
Que não condiz com que vejo,
Porque você é a melodia,
Que faz o meu dia...

quinta-feira, 27 de setembro de 2012

Trigger



  Minha mente funciona de um modo tão estranho. Eu sempre me sinto apontando uma arma para ela sem nunca conseguir tirar nada, uma pressão inútil que eu mesmo aplico a coitada. Porém quando eu puxo o gatilho uma explosão de idéias vem, um turbilhão de pensamentos mesclados nas mais diversas emoções. Isso está me enlouquecendo! Parece que eu perco a sanidade e tudo isso toma conta de mim!
  Uma hora eu sou um apaixonado platônico a procura da sua musa, outra eu pareço um serial killer com idéias completamente insanas, depois pareço um sádico que se tortura nas antigas lembranças e volto para o anjo que quer ajudar a todos acima de tudo. São todas as minhas facetas se expressando em um só momento por um só tiro. O meu ponto de ignição parece o mesmo para tudo!
  Estou enlouquecendo, pouco a pouco estou enlouquecendo...

  Peço então, perdão a todos que leem esse blog. De fato ele não é o mesmo sem a Tori por perto, muito menos eu, estou perdendo o meu rumo e o rumo que quis tomar para ele. Talvez eu dê um pequeno recesso, até encontrar um ponto para me apoiar. Sinceramente, parece que me apaixonar sempre retoma a minha sanidade...e criatividade...e arte...

H-ope

O erro do título é proposital.

  Alice, minha querida, me senti na obrigação de escrever uma pequena reflexão a você. Eu não posso ajudá-la de uma forma direta, mas sempre acredito que as palavras podem mudar o mundo. É verdade que esse pequeno texto não tem esse objetivo, mas é como um abraço quente no seu inverno que não termina...


  Uma corda não é só uma metáfora, é um utensílio. Já parou para pensar em quantas coisas da para se fazer com uma corda? Pode ser aquela que nos enforca e termina com essa vida tão incógnita. Também pode ser aquela que nos segura quando pulamos de um precipício e salva essa vida tão minúscula. Ela pode ser tantas coisas...
  Mas te vejo assim, segura por uma corda. E as fibras, uma a uma vão se despedaçando, as memórias não são eternas e a força que aplicamos uma hora irá arrebentar essa corda. Também há a hora em que devemos largar a nossa segurança, andar sobre uma montanha sem a sensação de estar seguro por algo preso ao seu corpo. Porém não tenhamos pressa, cada passo precisa ser dado com calma e cada passo quebra uma fibra. A corda se arrebenta, mas você não sente o impacto, nem a diferença, seus pés aprenderem a andar e a sua alma a viver.
  As lembranças nos servem bem, porém nunca para sempre. Corte a corda aos poucos, caminhe com seus dois pés, troque uma segurança por outra e assim ande para frente. Ofereço-a a minha mão, talvez não tão firme quanto uma corda, mas prometo aperta-la contra a sua para que sinta a mesma segurança...

Yuki.

segunda-feira, 24 de setembro de 2012

Título? Pra que título?

  Pra que título se não há poesia, se não há conteúdo?
  Pra que conteúdo se não há idéias, se não há inspiração?
  Pra que inspiração se não há amores, no vago coração?
  E pra que coração, quando o que se tem é esse enigma?
  Esse enigma que constitui a vida, que constituí a nós. Pra que?

domingo, 23 de setembro de 2012

Build the Music

Crédito da imagem: Luiza Prado

  O motivo do título? Não sei, mas foi isso que veio em minha cabeça quando vi a imagem.

  O violinista às vezes sofre por não se fazer entendido. A música assim como a própria pessoa se constituem em enigmas que poucos entendem, as vezes nem mesmo ele consegue entender o próprio enigma. O fato é que surgem coisas daí, surge a arte, surge a música, surgem tantas outras coisas. Como se as peças desse enigma urgissem para se expressarem, pouco a pouco numa tentativa de se fazerem claras.
  Porém essa urgência também corrói o violinista. O corrói pelo motivo inverso, essa tentativa de se expressar se torna cada vez mais nebulosa aqueles que o vêem, pior, torna-se cada vez um ato solitário já que ele não se faz entender.
  Recolhido em ruínas, o som do violino ecoa sobre as paredes frias do concreto, aquele que resistiu ao tempo, a destruição e ainda encontra-se de pé. E assim quer que seja a sua arte, que se faz ouvir ao ancião para que ele também grave em suas paredes o som, para que ele também seja eterno, para que ele também tenha o seu lugar...

[Vejo que cada vez mais eu sou o violinista, tornando-me cada vez incompreensível perante aos outros e a mim]

sexta-feira, 21 de setembro de 2012

Feliz aniversário!

Blue Tori
I'm late, sorry.

  Alguns minutos atrasados, mas cheguei! Um post simples e com um feliz aniversário para a minha querida companheira de blog. Sei que não está mais escrevendo. Ainda assim, sinto como se ainda dividisse o blog com você e isso me faz bem.
  Por isso e por todo carinho que tenho por você, deixo meus sinceros parabéns, desejo que nesse ano você realize todos os seus desejos, descubra a sua felicidade e nunca deixe de sonhar. São palavras simples, como todas as que escrevo aqui, mas o que vale é cada pedaço do meu coração que deixo em cada uma que escrevo...

quarta-feira, 19 de setembro de 2012

Deixe ela....


  Deixa ela viver o amor dela


  Mesmo eu desacreditando que ele de fato seja o seu amor, mesmo eu crendo que eu sou o seu amor verdadeiro e que o tempo ainda deixará que eu te prove isso mais uma vez, mesmo com todos esses pensamentos, preciso deixá-la ir.
  Não abro mão do meu sentimento, o tempo não o diminuirá, apenas o fará ficar mais intenso. Assim foi com a primeira espera, assim será com a segunda, a terceira... O tempo e o destino parecem não colaborar para que fiquemos juntos e mais uma vez, vejo apenas as suas costas e os seus passos para longe dos meus braços.
  O coração se parte, reclama, chora. Mas tenho a paciência de cola-lo pouco a pouco com as boas lembranças que me deixou, de enche-lo com a ingenuidade infantil e alimentar a esperança de que você irá voltar. Colo curativos provisórios esperando pelo seu cuidado.
  Então fico por aqui, não em um "adeus" e sim num simples "até logo"...

4 estações



  Descobri que odeio contar a passagem do tempo pelo tempo. Prefiro fazê-las pelas estações, para ser mais exato, prefiro fazer pelas sensações que experimento em cada estação.
  Um modo diferente, divertido e mais gostoso de marcar a passagem do tempo (que digo de passagem, não é igual para todos). Começo pelo verão, pelo calor e pelas roupas mais leves, acordar e ver o sol me anima, assim como eu sempre me divirto quando vamos dividir a cama e sempre surge aquela briga: Devo ficar perto de você e morrer de calor ou ficar longe e ficar sem seu carinho?
  Depois vem o outono, as folhas amarelam e dão um ar diferente no ambiente. É aquela sensação de ter um friozinho agradável e andar/dormir juntos é uma opção sempre gostosa, assim como ganhar muitos abraços...
  Chega então o inverno, a sensação de dormir completamente aquecido e da preguiça são coisas saudosas. As pessoas andam na rua com suas roupas de inverno que considero muito mais charmosas e tomar chocolate quente e ver um filme com alguém é sempre a melhor opção.
  Ao fim, a primavera, estação dos apaixonados. Um calor agradável rodeado das mais vastas flores que encantam os olhos e corações. Época criativa e de amar...
  E assim marco a passagem do meu tempo...em relação as minhas sensações, as estações, aos corações...

sábado, 15 de setembro de 2012

Procura-se...


...um amor.
   E quando as palavras me faltam, fico com a imaginação daqueles que olham para a imagem. Afinal nem mesmo eu entendo bem esse sentimento. Esse misto de solidão e procura por uma felicidade. Sinto falta de me apaixonar, sorrir feito um idiota nos dias mais fechados, de ver graça nas coisas mais sem graça. Me vejo diante do espelho com os dois indicadores forçando um sorriso em meus lábios congelados, cantar músicas românticas no meio da rua enquanto ando, dançar sozinho para não fazê-la passar vergonha, passar noites pensando em alguém, produzir algo a esse alguém...
  ...Sem mais palavras, sem mais demoras, fico por aqui por hoje...

quarta-feira, 12 de setembro de 2012

Hope


  Estou só nesse blog, ao menos por enquanto, mas ainda assim, alimento uma esperança de volta da minha companheira. Somos sempre como flores que nascem no deserto, vitoriosos frente a um mundo que nos esmaga, somos os guerreiros que continuam a acreditar em suas palavras. Sejam elas tristes, alegres, medonhas ou felizes, são elas que nos acompanham na batalha do dia a dia, na batalha que travamos também contra nós enquanto tentamos nos entender.
  Somos todos um paradoxo, oscilamos entre o prazer de fazer algo e o repúdio por isso. Oscilamos entre tantas coisas, não? E assim vejo a sua ida, como apenas um dos lados de um pêndulo e assim fico na espera, do outro lado, da volta.
  Enquanto esperou, ficam aqui as palavras do garoto que ainda acredita nelas. Como a última rosa no deserto, olhando para o lado, esperando a semente que deixou cair ao seu lado brotar.

sábado, 8 de setembro de 2012

Escrever


Tori, minha grande amiga, companheira de Blog,
Essa é pra você.
Com todo meu amor e carinho.

  Escrever. Verbo engraçado e abstrato que nos leva a pensar em inúmeras coisas. Poetas, jornalistas, escritores, redatores, apaixonados, adolescentes, estudantes...
  O ato de escrever faz parte de muita coisa. Mas não quero ficar nas definições vagas e sim te mostrar como é escrever para mim.
  Sento-me em frente a um quadro em branco e sei que esse quadro sou eu. Bruto, desorganizado e sem nada dentro. A escrita me permite desenhar sobre esse quadro, o que eu quiser como bem quiser e quando olho minha obra final, percebo que me vejo, refletido de modo mais ingênuo e sincero possível, naquele quadro cheio de palavras. Assim é escrever a mim, me conhecer, me expressar, mais do que isso. É mostrar a mim quem eu sou, como vivo, do que vivo. Não me importo se leiam ou não o que escrevo, apenas deixo registrado os meus momentos para quando o corpo e a memória esquecerem, a eternidade das palavras me lembrarem.
  Mas mais do que tudo isso. Eu também completo esse quadro quando leio o que você escreve, o que os outros escrevem. Você tem uma escrita que encanta, sutil e delicada, acerta nos detalhes que os olhos nus não vem ou a imaginação travada não se permite ver. E eu sempre viajo ao mais fundo de mim quando leio os seus posts. E se isso é um Adeus, que ele seja do modo que eu sei fazer e com a homenagem que você bem merece.

Do seu amigo, companheiro e fã: Yuki.

quarta-feira, 5 de setembro de 2012

Soph

"Porque quando eu te beijo,
Eu te beijo,
Quando eu te amo,
Eu te amo.
E todas as outras foram suas vadias,
E só eu, a sua namorada."

  É engraçado olhar no espelho e ver que não sou mais uma criança. Na verdade tomei um susto quando me olhei (rs). Jurava que ainda era aquela criança manhosa e só me sentia assim porque você provoca isso em mim.
  Não, eu não reclamo disso. Eu amo me sentir assim. Mas sabe que tudo isso me desperta né? Sempre aquele sentimento de também querer mimá-la, de não querer largá-la nunca.
  Eu não te disse na hora, mas eu tinha UMA resposta, sim, eu ia conseguir te surpreender. Foi quando você disse que ainda era engraçado o modo como conversávamos, bom, não preciso escrever mais nada.

"Porque amor, se sente uma só vez, com uma só pessoa."

  Não é preciso que esse post se estenda, afinal, quem me entende melhor que você? Sei também que vai ficar um tempo olhando para isso, relendo e depois vai me xingar por ter dito não me lembrar de tantas coisas. Mas são as minhas memórias de você que guardo com o mais puro...dos amores.

domingo, 2 de setembro de 2012

Conto de Fadas



  Vamos parar de brincar de conto de fadas?
  Não, não vamos. Vamos ser eternas crianças, brincando no jardim secreto, escondendo-se no país das maravilhas, fugindo do lobo mau. Vamos ser assim porque nós somos duas crianças nesse amor que vivemos, ingenuo e puro, ao mesmo tempo que intenso e infantil.
  Infantil porque é com os olhos de criança que vejo as coisas e vivo as coisas agora. Sou príncipe algumas vezes, vilão em outras. Numa eterna brincadeira, num eterno ciclo em que sempre te encontro. E nesses encontros que brinquemos de conto de fadas, porque eles acontecem apenas uma vez. Vamos viver esse amor ingenuo a cada instante, sem pensar nas horas, sem pensar no amanhã e pouco a pouco, vamos também escrevendo no livro da vida o nosso conto de fadas.
  Once upon a time...