domingo, 10 de maio de 2015

Writing Prompt #1


Um estranho em um lugar estranho

                Como começar a contar a saga que vivi? Ah, lógico, do começo! Vamos lá.
                Meu nome é Zoenor, sou do planeta KZ25 afastado da sua querida Via Láctea e desde sempre eu quis explorar novos mundos. Depois de ser escolhido para tal função, me aventurei por mundo e galáxias a fora, conhecendo planetas novos, seres novos e...
                Bom, um certo dia eu vim para a Terra, só não esperava uma órbita com tanto lixo espacial e uma atmosfera com tanto atrito, o resultou foi a destruição de parte da minha nave que aterrissou forçadamente em um lugar pacato. Por sorte, sai ileso da queda e fui procurar alguma civilização em meio a tantos pastos, encontrei uma pequena cidade após caminhar algumas horas .
                Fui recebido de modo cordial: tiros, facadas e tentaram me colocar fogo algumas vezes. Realmente achei o povo da Terra bem simpático com visitantes. Tentei conversar com algum deles, mas parece que eles estavam enfurecidos demais para tentar conversar. Será que minha nave destruiu alguma coisa sagrada na queda? Bom, não saberei. O fato é que todas essas “armas” são primitivas e de nada fizeram com o meu corpo, o que os deixou ainda mais espantados.
                Mantive a calma e tentei ser cordial e diplomático. O que eu ganhei foi uma prisão de alguns meses e tentativas de me furarem, cortarem e etc. Nada foi efetivo e eu sempre mantive a calma. O vocabulário é algo simples e em poucas semanas, eu já conseguia me comunicar. Convenci a eles que não estava ali por mal e só queria voltar para a casa. Eles comentaram de algum filme chamado E.T. e pareciam mais calmos e até mesmo disposto a me ajudarem.
                Acabei tendo muita sorte, tanta que esse planeta é tão primitivo que não consegui consertar nenhuma parte da minha nave, restou pedir por auxílio e esperar. Enquanto isso, aprendia da cultura e costumes daqueles seres. Comecei a falar como eles, me vestir como eles e, não posso negar, a comida daqui é sem igual.
                Eles foram me aceitando aos poucos, se acostumando a presença estranha do meu ser. A cidade era tão pequena e pacata que acabei conhecendo a quase todos, logicamente, todos me conheciam também. Me apelidaram de Zoe e faz quase 1 ano que estou aqui.
                Hoje, estou tomando um café da manhã. Adoro café, ovos e bacon, uma combinação perfeita para começar a manhã. Parece que um pai e filho estavam de viagem e pararam no mesmo local. O pai sempre ocupado não me notou, mas o filho apontou para mim e gritou: “Olha, papai! Que bixo estranho!”.
                Olhei para o redor e vi que estavam apontando para mim. Mas como podiam me achar estranho? Eu estava todo vestido e...ah, lógico! Peguei o chapéu que estava sobre a mesa e coloquei-o na cabeça. Agora sim, eu estava me vestindo normalmente. Voltei-me ao garoto e dei-lhe um sorriso, ele acenou com as mãos e o pai dele pareceu não gostar muito daquilo. Acabei ouvindo-o cochichar algo com a balconista e ir embora.
                Tomei o meu café com calma e saí para as ruas. Uma enorme sombra tomou o lugar e vi naves e mais naves do meu planeta chegando. Demoraram 1 ano para me acharem e lerem a minha mensagem: “Planeta de fácil conquista e bons recursos”. Bom, onde eu estava? É mesmo, meu chapéu vou levá-lo comigo porque ele me deixa muito "estiloso", como uma pequena recordação...

Imagem: Guess Who's coming for dinner.
Artista: CoolSurface

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