quinta-feira, 31 de janeiro de 2013

Chuva de borboletas


  Já parou pra pensar em como seria uma chuva de borboletas?

  Elas cairiam dos céus com suas várias formas e várias cores, iriam iluminar os olhos das crianças, dos curiosos e dos puros. Algumas pessoas distraídas engoliriam algumas delas e elas iriam direto para o estômago, causar aquele friozinho e aquele suor frio gostoso nelas, aquele pequeno tremor e aquela sensação de estar inquieto. Outras voariam sobre a cabeça das pessoas, dando-lhes inúmeras idéias, criativas, animadas e coloridas. Algumas pousariam sobre o ombro das pessoas, trazendo com esse ato a boa sorte, a felicidade e os sorrisos. Pessoas tentariam caçá-las, correndo atrás delas com uma rede como quem caça um sonho.
  São tantas metáforas para uma chuva de borboletas, são também tantas sensações ligadas a elas que, por sinal, são as mesmas que sinto quando estou com você... 

Sem palavras


  Foram tantos os momentos e as horas que passamos conversando sobre qualquer coisa, tantos os momentos em que passamos no telefone e outros tantos que não eram palavras, mas outros tipos de sons que tomavam nossos corpos e nossas bocas.
  Foram também as suas palavras que me alegraram, foram elas que me acordaram com um sorriso, elas que me provocaram e elas que fizeram tantas coisas.
  Porém pareceu que esquecemos de todas elas naquele momento e um outro conjunto veio a tona. Foi aquele sorriso tímido de quando minha testa encostou na sua, os olhos que se fecharam e se abriram com aquele brilho e acima de tudo, aquela troca de olhar e carinhos, sem uma só palavra, mas com tantas inclusas, querendo dizer tantas coisas que a boca não sabe dizer, mas certamente são os sons do coração...

quarta-feira, 23 de janeiro de 2013

24

Meus pensamentos arranjam-se em correntes de água. Maré tumultuosa e desordenada cujas gigantescas ondas quebram no espaço confinado de minha cabeça, pedindo para que eu sinta. Meu bem, eu já sinto. Você pode passar semanas, meses e anos, cuidadosamente colocando os tijolos, um sobre o outro, construindo seu muro. Eu não vou inundar. Eu não vou inundar.

Ah, não vou mesmo.

segunda-feira, 21 de janeiro de 2013

Porto Seguro


  Qual é o meio mais fácil de lhe dizer isso sem que eu te machuque tanto? Acho que ele não existe, então escrevo por extenso tudo o que se passou até eu chegar aqui.
  É verdade que resolvi viajar pelo mundo e experimentar coisas novas. Alguns meses em um lugar e já pulava para outro, afinal é para se aproveitar as coisas diferentes, não? E assim foi, experimentei comidas novas, costumes novos e mulheres novas...
  Mulheres novas, de todos os tipos, de todas as raças e de todas as cores. Ainda não comece a chorar e ainda não tente me matar, ainda vou chegar no ponto que quero.
  Com todas essas mulheres as relações foram superficiais e breves, estava na época de me divertir sem me conectar e elas também não iriam me ver por muito tempo, pois logo estaria mudando de país. Percebi que não fui feito para esse tipo de relações e muito menos fui feito para fugir...
  Todas essas viagens foram como uma busca, inútil, digo de passagem. Uma busca por algo que já tive e sei onde encontrar, mas que simplesmente resolvi ignorar, seja por medo ou covardia. Foram essas viagens que também me deram as pistas (ou devo dizer tapa na cara?) para que eu (re)descobrisse o que procurava...
  Porque foram nos lábios de outra que eu procurei os seus, foram nos olhos de outra que procurei os seus, nos braços de mais outra que procurei o seu calor e nessas tantas o seu amor.
  Não me surpreendo de saber que sou um covarde correndo dos meus problemas, também não me surpreendo em saber que sou completamente apaixonado por você. Porque existem tantas coisas no mundo para se ver e para se sentir, mas nada nesse mundo substituí o nosso porto seguro, nada nesse mundo substituí o lugar que construímos junto a alguém.
  Os portos que são construídos passo a passo. A cada risada conjunta, a cada lágrima conjunta, a cada momento especial, a cada carinho, a cada suporte e apoio que se dá. São portos construídos de amor e desculpe, o meu amor é somente seu e de mais ninguém.

  Agora no fim, chore, me bata, me chame de idiota, me destrua e diga que nunca mais irá me ver. Mas deixo as malas sobre a sua porta e quero somente te dizer: Estou em casa...

segunda-feira, 14 de janeiro de 2013

Aquele calorzinho


PS: A Tori, minha grande amiga e companheira de blog me emprestou um tema dela: mãos quentinhas. E aqui vai o meu texto sobre.

  É verdade que todas as pessoas deixam algo marcado em nós e que nos apaixonamos por certos detalhes nas pessoas. Pode ser o modo de andar, o corpo, o modo de sorrir, o modo de falar, há tantas opções! E aqui estou para falar novamente sobre você e sobre o que em você fez com que eu me apaixonasse tanto...
  Mas para que todos possam entender a minha fascinação, é preciso contar parte da nossa história, antes mesmo de nós podermos chamar de "nossa história". Tudo começou naquele dia de frio em uma casa junto aos amigos, em meio a conversa e o barulho sinto a suas mãos tocarem a minha face, elas eram tão macias e tão quentinhas que inevitavelmente minhas bochechas coraram, atribui aquilo ao frio naquele momento.
  Depois foi o mesmo calor que senti quando roubei aquele primeiro beijo no cinema, lembra-se? Eu fiquei bastante tempo tentando ter coragem para aquilo, mas o calor das suas mãos em minha face enquanto nos beijávamos acalmou toda a minha insegurança. Também foi esse terno calor que senti me acalmar antes daquele dia decisivo em que eu ia concorrer a uma vaga de emprego, esse calor que me tomou de modo mais forte em nossos momentos íntimos...
  E é também esse calor que sinto agora com a cabeça deitada sobre a sua mão que me afagava com carinho, sei que está tentando espiar o que escrevo nesse pequeno caderninho, mas ainda não vou te mostrar até que eu acabe de escreve-lo. Porque tenho certeza que quando terminar de ler esse pequeno texto e se lembrar desses momentos, vou ganhar a segunda coisa que sou apaixonado em você: o seu sorriso...

sábado, 12 de janeiro de 2013

A distância, o tempo e a musa


Eu te devia uma resposta digna

  Antes de começar, queria dizer que você já foi e ainda é a minha Musa, quero dizer que você ser a minha Musa é um grande privilégio para mim, afinal são as Musas que escolhem os escritores... É também uma enorme responsabilidade, porque aqui eu preciso te retratar do jeito que é a mim e juro que isso é difícil, afinal você é muito mais do que a minha amiga, muito mais do que a minha Musa e você sabe bem disso.
  Vou começar com uma história. Não, não é a nossa história. Certa vez alguém inventou a distância e isso foi algo ruim a ser inventado, separou pessoas que se amam, pessoas que dão muito certo juntas e pessoas que poderiam dar certo. Mas isso também levou a criatividade das pessoas, inventando mil maneiras de se sentirem mais perto uma das outras. Ligações, emails, cartas e outras mais peculiares.
  Onde quero chegar? Perto de você, claro. Quero apenas dizer que eu tenho mil maneiras de me sentir perto de você. Te ligando em horas inapropriadas, te mandando mensagem na hora errada e principalmente lembrando de tudo que passamos. Eu sempre me preocupo com você e isso é a mais pura verdade. Sei que você não me dá muitas notícias, ainda assim, espero por elas. Espero porque são aquelas 2 horinhas que ficamos no telefone que aliviam a minha ansiedade, matam a minha saudade de você e ainda me faz feliz.
  Então não chore minha ausência, guarde um pouco a saudade e depois deixe-a comigo. Eu faço sempre assim e sempre deu certo, é sempre com uma enorme animação que te atendo ou tento te ligar quando posso.
  Ainda vou te sequestrar e me casar com você e isso transpassa o tempo. Anote no seu caderninho...
  No fim, não descrevi tanto a minha Musa, mas é porque ela é uma Musa difícil e é bem mais gostoso deixar que todos fiquem na imaginação, porque o ciúmes é maior e também a curiosidade...

Tori - Não é á toa o apelido, pássaros voam e espero ver esse na minha janela...


You again



  É inevitável. Tentei fugir por dias, me isolar de todos e ainda assim você não saí da minha cabeça. Também pudera, como se apaga alguém que o coração não quer esquecer?
  São as coisas remotas e banais que me lembram de você, não que você seja banal ou remota, mas sim porque é no dia-a-dia, nos pequenos detalhes em que sinto a sua falta. É aquela flor que cresce solitária em uma praça e quero apanhá-la para te presentear, são os sons da cidade que me acordar de manhã e eu abro os olhos na esperança de vê-la ao meu lado, na textura da coberta que sempre nos cobre nossos corpos, no rastro do perfume que ainda ficou por aqui e do sabor que não quero esquecer.
  Tentei apagar o fogo, mas descobri que quero usá-la em caso de incêndio. Brincar com fogo e me queimar, não importa, quero você agora...

domingo, 6 de janeiro de 2013

Dicionário


  Perdi uma palavra no meu dicionário: amor. Ele sumiu das suas páginas e tento encontrá-lo em linhas já conhecidas.
  Me deram conselhos, daqueles das pessoas que sabem usar os dicionários, me disseram que o amor está depois da palavra dor, só um pouco distante da paixão. Outros me dizem que está na mesma página da saudade e da felicidade, outros dizem que essa palavra não existe é puro neologismo.
  Tentei seguir todos os conselhos, mas o meu dicionário já tão conhecido, se revelou não tão conhecido assim. Caminhei pelas páginas desordenadas sem encontrar nada e a busca sempre te afeta e te desgasta de alguma forma.
  Porém, eu não sabia que ele estava junto a uma palavra que me é tão comum, que visito com uma grande frequência e sonho com uma ainda maior. Essa palavra é: você...