sábado, 28 de setembro de 2013

Aprendendo a andar à 4 pernas


                Aos 21 anos, me sinto novamente como criança. Uma sensação que é um misto entre sentir-se estranho e sentir-se feliz. Como uma boa criança, descobri que preciso (re)aprender inúmeras coisas e que, como grande aliado, tenho esses olhos que parecem enxergar além, que me permitem ver coisas que normalmente eu ignoraria ou não veria, mas não vou me estender, não ainda.
                Estou tendo que aprender a falar: de modo que não te machuque e do modo que minhas palavras sejam claras, que demonstrem  o carinho e o amor que tenho por você do melhor modo possível, afinal as palavras são um dos poucos modos que conheço de dizer que a amo.
                Voltei a aprender a olhar: os pequenos sinais que você me dá quando está incomodada e que quebram o meu egocentrismo, preciso lembrar que você agora faz parte de mim, da minha rotina, da minha vida e que é preciso perceber os momentos de parar e de continuar. Também estou aprendendo a ver a beleza nos seus pequenos atos, pena que esse é um universo particular que pouco posso compartilhar com as pessoas, levaria um livro inteiro para tentar fazer as pessoas entenderem que o modo como você sorri é único e, além disso, perfeito.
                Aprendi a dividir e guardar: dividir emoções, dores, felicidades, tristezas, momentos e lembranças. Guardar segredos que são nossos, momentos que as outras pessoas não irão entender.

                Por fim, aprendi a andar: não só com as minhas duas pernas, mas com as 4 que agora temos. Sempre andando para frente, no mesmo ritmo, compartilhando o que está no caminho, afinal, não me importa muito o final da história, mas sim as coisas que estamos vivendo durante todo esse trajeto...

domingo, 25 de agosto de 2013

Garoa em alto mar

Um dia ouvi de uns pescadores quaisquer algumas lições. Me disseram eles que o mar é traiçoeiro, que tem seus altos e baixos, as vezes ele é calmo e se revolta de uma vez, as águas ficam furiosas e arremessam o seu barco, tentando engoli-lo naquela escuridão sem fim.

Mas também me disseram que sempre existe um porto seguro, que há sempre um lugar a qual voltar, o lugar que é acolhedor, caloroso e aconchegante. A simples existência desse lugar os faz lutar, contra as marés que querem derrubá-los. E sempre, sempre o porto está lá, no mesmo lugar e do mesmo jeito.

Foi quando começou a garoar e todos eles sorriram, sorriram porque uma garoa não chega perto de uma tempestade, uma garoa após a tempestade não é algo que os faça reclamar, por mais frio que esteja, é um motivo de festejar, simplesmente porque é o sinal de que a tempestade passou e que eles podem voltar para o seu porto, com a toda certeza de que ele estará lá.

Então, meu amor, não importa qual é o tamanho da tempestade. Vamos olhar para frente, vamos esperar pela garoa, vamos ir contra a corrente. Porque eu não sou sozinho o seu porto, como também sou mais um marujo nesse barco, do seu lado na tempestade, do seu lado na garoa e do seu lado na chuva.

Falta estar ao seu lado no sol, mas esse eu sei que erradia quando você sorri. Deixe as lágrimas serem sua garoa e me dê um pouco de sol....

quarta-feira, 24 de julho de 2013

Sobre a garota doce



 Descobri que sim, eu demoro para notar algumas coisas. Mas apesar da demora, elas sempre aparecem e me encantam cada vez mais.
  Algumas coisas  no nosso relacionamento pareceram um tanto tardias, pareceu que, mesmo te conhecendo a 3 anos, demorou todo esse tempo para a gente se apaixonar, algo que hoje é tão natural para ambos. Mas também existia coisas tão naturais... o convívio de 3 anos nos fez conhecer alguns gostos um do outro, nos fez saber algumas coisas que o outro gosta e não gosta...
  Enfim, vim aqui escrever porque percebo que, a cada dia que passa, eu estou mais apaixonado por você (e pelo seu jeito único de ser). Descrevo aqui, as cenas que não te conto porque gosto de guardá-las comigo, mas que são tão preciosas para mim que merecem serem registradas não só como minhas memórias...
  Eu amo acordar do seu lado e antes de você (jurava que isso nunca ia ser possível, anyway) só para poder vê-la dormindo, calma e tranquila do meu lado. Assim como é tão gostoso o seu sorriso quando faço carinho na sua cabeça ou quando você se ajeita nos meus braços procurando um pouco de aconchego. As suas palavras me soam tão doces e você não faz idéia de como me derretem, um simples "Eu estou carente de você" já é o suficiente para me fazer querer correr para você. Sim, eu estou cada vez mais apaixonado pela minha menina, cada vez mais apaixonado pelo seu jeitinho que me conquistou e me conquista a cada dia.
  Não vou me estender muito mais, mas termino o texto com aqueles três palavrinhas que não são da boca para fora, seria mais justo dizer que são as palavras do meu coração: Eu te amo.

quarta-feira, 12 de junho de 2013

About our Love


Ele não começou naquele encontro mágico do metrô, não houve a cena de filme em que, eu sentado, via você sair da porta e sabia que você era o amor da minha vida. Também não existiu o meu cachorro correndo atrás de você e logo você se apaixonou por ele e por mim. Não existiu nada disso...

Nosso amor também não é conhecido, duvido que ele seja inspiração para algum filme ou livro que depois vire Best Seller, também não somos um casal que inspirará milhares de pessoas ao mesmo tempo em que vivemos como um simples casal, escondido dentre os milhares que existem por aí.  Nosso amor não é famoso.

Nosso amor não foi o amor a primeira vista, não foi o amor por coincidência, não foi o amor de filme, não foi o amor de novela, não foi o amor de Platão e muito menos patológico.


E são todos esses “nãos” que fazem do nosso amor, especial.  Não é o amor igual a todos os outros, é o nosso amor. Construído das pequenas coisas nossas que, podem não ser tão especiais para os outros, mas são experiências únicas para nós. Desfrutemos do anonimato para vivê-lo sem censura, desfrutemos da falta de pressa do amor a primeira vista, para amadurecer juntos, desfrutemos da falta de padrões, para construímos tudo isso juntos. Desfrutemos de nós e desse amor tão grande, que não cabe em palavras, que não cabe em beijos, que não cabe em tantas coisas por ser tão grande, mas que certamente cabe em meu peito.

terça-feira, 28 de maio de 2013

Uma crônica de amor


A vida de escritor às vezes nos prega algumas peças. Faz um tempo que quero produzir algo e simplesmente não consigo. Acho que chamam isso de cãibra do escritor (ou qualquer coisa do gênero). Tentei de tudo: fechar-me no quarto com uma folha e caneta, sair observando coisas diferentes, tentei escrever por escrever e ver se algo fluía, fiquei de ponta cabeça com uma maçã na boca (ta, eu não faço isso), reuni todas as coisas agradáveis e gostosas a minha volta e nada.               
E esse é o maior problema, nada saí e aquilo dentro de você gera um grande incômodo. É como aquela comida que não lhe caí bem, que fica ali te incomodando, incomodando e querendo sair do seu corpo de alguma forma. Perdão pela comparação, meus sentimentos e minhas ânsias não são tão repugnantes assim, pelo contrário, são sentimentos belos e nobres que querem ganhar voz.
                Então, vamos para a hipótese de que eu sou incompetente como escritor. Não sei transcrever em palavras as minhas idéias, muito menos torná-las acessíveis para os outros. Mas não é isso que quero alcançar em meus escritos, quero despertar nos leitores os sentimentos deles e não os meus.

                Termino então com a minha teoria mais certa: há coisas que eu não consigo explicar, há coisas que eu não consigo traduzir. São coisas que me pesam, me trazem responsabilidades, muitas vezes um peso nos ombros. Mas esqueço de tudo isso, porque são essas coisas também que alimentam o meu amor por você. Eu simplesmente não sei explicá-lo, não sei traduzi-lo e sempre que vou declará-lo, pareço um babuíno tentando dizer algumas palavras. Porém os meus gestos, os meus carinhos e a minha dedicação tentam demonstrar o que sinto. Não tenho porque continuar esse texto, já lhe disse que não sei explicar esse amor, abandone essa leitura e venha para os meus braços, viva o inexplicável comigo...

terça-feira, 30 de abril de 2013

A menina e o balão


  Dizem que os poetas são aqueles que escrevem as coisas do dia-a-dia com outros olhos. Não sei dizer bem se isso é verdade, mas aqui escrevo uma cena simples de um dia-a-dia qualquer.
  Estávamos no shopping e você me esperava do lado de fora, eu tinha me ausentado por pequenos instantes e quando voltei, te vi ali. Segurando aquele balão que ganhamos, de costas para mim, apoiada no parapeito e completamente distraída. Te confesso que fiquei muito tempo, parado naquele corredor. Não sei dizer se foram meus "olhos de poeta" ou meus simples olhos apaixonados, mas aquela era a cena mais linda que eu já vi.
  Você estava tão natural, tão distraída. Porém, para mim, não existia mais nada além de você, aquela garota delicada brincando com o balão entre os dedos, as pernas cruzadas de modo gracioso, a ponta do pé batendo no chão e o olhar perdido. Queria ter ficado lá por mais tempo, mas meus braços chamaram pelo seu corpo naquele abraço tão simples e gostoso. Então eu ganhei aquele seu sorriso lindo...
  Desculpem poetas...desculpem por não terem os meus olhos e não conseguirem ver o que eu vi. Fiquem com a imaginação da cena descrita, mas acreditem...Não vai chegar nem perto do que eu vi...

terça-feira, 2 de abril de 2013

Pequena Cena


  - Ei! Você esqueceu isso!

  Foi o que o fez parar por um instante e voltar-se para trás. Ela ainda estava com o mesmo sorriso completamente enigmático no rosto, as mãos voltadas para trás. Sem entender direito, aproximou-se dela e foi surpreendido por um abraço forte, um beijo no rosto e sentiu algo caindo sobre o seu bolso. Ficou completamente envergonhado e despediu-se novamente, naquela proximidade era fácil perceber duas coisas: O perfume doce que ela tinha e ele sabia que não ia esquecer tão cedo e a bala de menta que ela estava na boca.

  Depois cada um seguiu o seu caminho, ela tinha um sorriso um pouco mais contente e também o sorriso de alguém que acabou de aprontar algo. Ele ainda estava confuso com tudo aquilo, colocou a mão no bolso e foi surpreendido por uma foto 3x4 dela, no verso a frase “não se esqueça de mim” e uma bala de menta
.
  Ela tinha planejado tudo e mesmo num ato tão simples, tinha conseguido marcá-lo. Porque agora ele girava a bala de menta entre os dedos, lembrando-se do sabor dos lábios dela, as suas roupas estavam com o seu perfume e a foto não o deixava esquecer os momentos que queria reter. Aquilo aumentava a vontade dele de uma forma absurda, queria vê-la, queria tê-la, queria...simplesmente repetir a cena que mais parecia de um filme, ingênuo, doce, bem pensada e principalmente, só deles.

  Afinal as coisas pequenas e particulares são as que te marcam, para algo ou para alguém e são coisas apenas dos dois para os dois...


domingo, 31 de março de 2013

Kiss in silence


  Parece aquelas cenas de filme. Nós dois sentados um do lado do outro, depois de tanto tempo sem se ver. Um olha para o outro e não consegue dizer nada...
  Não é à toa. Foi um tempo em que nos desentendemos e teimosos, resolvemos guardar as "coisas da nossa cabeça" para nós, "deixar para lá" as coisas que podiam ser resolvidas e como dois grandes covardes, fugimos de nós por um tempo.
  Mas aqui estamos, tentando nos resolver no que parece uma luta em silêncio. Os olhares parecem não se encontrarem nunca (afinal, os olhos dizem muita coisa), as palavras parecem fugir e eu sei que a gente só quer se entender.
  Aqueles minutinhos parecem horas, aquele clima parece pesar em nossas costas. Até que por mera 
coincidência nossos olhares se cruzaram. Eu não consigo tirar meus olhos dos seus, enxergo por entre eles a tristeza que sente e o peso que tentar me dizer tudo aquilo é para você...
  Chega... Te beijo e tudo isso acaba....


sexta-feira, 15 de fevereiro de 2013

Valentine's Day


  Ah, o amor. O que dizer sobre o amor? Há tantos clichês por traz, tantas coisas que todos dizem e até mesmo coisas negativas sobre ele. Então o que dizer sobre o amor?
 Não sei, nem ao certo quando o sinto ou quando não. Sei que meu coração bate rápido quando vê o seu sorriso ao longe, sei que eu moldo um sorriso quando você para para arrumar o cabelo, sempre durmo depois de você só para passar um pequeno instante vendo-a dormir e quando o faz, passo os braços no seu corpo e a deixo perto de mim, é uma estratégia para sentir sua pele contra a minha, saber que tudo isso é verdade e que esse sentimento não é imaginação minha..
  Mas hoje não é dia de contar todas as coisas que fazem com que eu me encante com você, coisas que fizeram eu me apaixonar ontem, hoje e amanhã por você, hoje é um dia especial para eu tentar mostrar o meu amor de outra forma...
  Talvez uma surpresa, porém começo com essas letras e esse pequeno espaço, de fato pequeno comparado ao espaço que você tomou em meu coração.
  Feliz Valentine's Day...


Perdão por não estar postando muito e perdão por estar atrasado com esse post. Voltarei ao ritmo logo.

quinta-feira, 31 de janeiro de 2013

Chuva de borboletas


  Já parou pra pensar em como seria uma chuva de borboletas?

  Elas cairiam dos céus com suas várias formas e várias cores, iriam iluminar os olhos das crianças, dos curiosos e dos puros. Algumas pessoas distraídas engoliriam algumas delas e elas iriam direto para o estômago, causar aquele friozinho e aquele suor frio gostoso nelas, aquele pequeno tremor e aquela sensação de estar inquieto. Outras voariam sobre a cabeça das pessoas, dando-lhes inúmeras idéias, criativas, animadas e coloridas. Algumas pousariam sobre o ombro das pessoas, trazendo com esse ato a boa sorte, a felicidade e os sorrisos. Pessoas tentariam caçá-las, correndo atrás delas com uma rede como quem caça um sonho.
  São tantas metáforas para uma chuva de borboletas, são também tantas sensações ligadas a elas que, por sinal, são as mesmas que sinto quando estou com você... 

Sem palavras


  Foram tantos os momentos e as horas que passamos conversando sobre qualquer coisa, tantos os momentos em que passamos no telefone e outros tantos que não eram palavras, mas outros tipos de sons que tomavam nossos corpos e nossas bocas.
  Foram também as suas palavras que me alegraram, foram elas que me acordaram com um sorriso, elas que me provocaram e elas que fizeram tantas coisas.
  Porém pareceu que esquecemos de todas elas naquele momento e um outro conjunto veio a tona. Foi aquele sorriso tímido de quando minha testa encostou na sua, os olhos que se fecharam e se abriram com aquele brilho e acima de tudo, aquela troca de olhar e carinhos, sem uma só palavra, mas com tantas inclusas, querendo dizer tantas coisas que a boca não sabe dizer, mas certamente são os sons do coração...

quarta-feira, 23 de janeiro de 2013

24

Meus pensamentos arranjam-se em correntes de água. Maré tumultuosa e desordenada cujas gigantescas ondas quebram no espaço confinado de minha cabeça, pedindo para que eu sinta. Meu bem, eu já sinto. Você pode passar semanas, meses e anos, cuidadosamente colocando os tijolos, um sobre o outro, construindo seu muro. Eu não vou inundar. Eu não vou inundar.

Ah, não vou mesmo.

segunda-feira, 21 de janeiro de 2013

Porto Seguro


  Qual é o meio mais fácil de lhe dizer isso sem que eu te machuque tanto? Acho que ele não existe, então escrevo por extenso tudo o que se passou até eu chegar aqui.
  É verdade que resolvi viajar pelo mundo e experimentar coisas novas. Alguns meses em um lugar e já pulava para outro, afinal é para se aproveitar as coisas diferentes, não? E assim foi, experimentei comidas novas, costumes novos e mulheres novas...
  Mulheres novas, de todos os tipos, de todas as raças e de todas as cores. Ainda não comece a chorar e ainda não tente me matar, ainda vou chegar no ponto que quero.
  Com todas essas mulheres as relações foram superficiais e breves, estava na época de me divertir sem me conectar e elas também não iriam me ver por muito tempo, pois logo estaria mudando de país. Percebi que não fui feito para esse tipo de relações e muito menos fui feito para fugir...
  Todas essas viagens foram como uma busca, inútil, digo de passagem. Uma busca por algo que já tive e sei onde encontrar, mas que simplesmente resolvi ignorar, seja por medo ou covardia. Foram essas viagens que também me deram as pistas (ou devo dizer tapa na cara?) para que eu (re)descobrisse o que procurava...
  Porque foram nos lábios de outra que eu procurei os seus, foram nos olhos de outra que procurei os seus, nos braços de mais outra que procurei o seu calor e nessas tantas o seu amor.
  Não me surpreendo de saber que sou um covarde correndo dos meus problemas, também não me surpreendo em saber que sou completamente apaixonado por você. Porque existem tantas coisas no mundo para se ver e para se sentir, mas nada nesse mundo substituí o nosso porto seguro, nada nesse mundo substituí o lugar que construímos junto a alguém.
  Os portos que são construídos passo a passo. A cada risada conjunta, a cada lágrima conjunta, a cada momento especial, a cada carinho, a cada suporte e apoio que se dá. São portos construídos de amor e desculpe, o meu amor é somente seu e de mais ninguém.

  Agora no fim, chore, me bata, me chame de idiota, me destrua e diga que nunca mais irá me ver. Mas deixo as malas sobre a sua porta e quero somente te dizer: Estou em casa...

segunda-feira, 14 de janeiro de 2013

Aquele calorzinho


PS: A Tori, minha grande amiga e companheira de blog me emprestou um tema dela: mãos quentinhas. E aqui vai o meu texto sobre.

  É verdade que todas as pessoas deixam algo marcado em nós e que nos apaixonamos por certos detalhes nas pessoas. Pode ser o modo de andar, o corpo, o modo de sorrir, o modo de falar, há tantas opções! E aqui estou para falar novamente sobre você e sobre o que em você fez com que eu me apaixonasse tanto...
  Mas para que todos possam entender a minha fascinação, é preciso contar parte da nossa história, antes mesmo de nós podermos chamar de "nossa história". Tudo começou naquele dia de frio em uma casa junto aos amigos, em meio a conversa e o barulho sinto a suas mãos tocarem a minha face, elas eram tão macias e tão quentinhas que inevitavelmente minhas bochechas coraram, atribui aquilo ao frio naquele momento.
  Depois foi o mesmo calor que senti quando roubei aquele primeiro beijo no cinema, lembra-se? Eu fiquei bastante tempo tentando ter coragem para aquilo, mas o calor das suas mãos em minha face enquanto nos beijávamos acalmou toda a minha insegurança. Também foi esse terno calor que senti me acalmar antes daquele dia decisivo em que eu ia concorrer a uma vaga de emprego, esse calor que me tomou de modo mais forte em nossos momentos íntimos...
  E é também esse calor que sinto agora com a cabeça deitada sobre a sua mão que me afagava com carinho, sei que está tentando espiar o que escrevo nesse pequeno caderninho, mas ainda não vou te mostrar até que eu acabe de escreve-lo. Porque tenho certeza que quando terminar de ler esse pequeno texto e se lembrar desses momentos, vou ganhar a segunda coisa que sou apaixonado em você: o seu sorriso...

sábado, 12 de janeiro de 2013

A distância, o tempo e a musa


Eu te devia uma resposta digna

  Antes de começar, queria dizer que você já foi e ainda é a minha Musa, quero dizer que você ser a minha Musa é um grande privilégio para mim, afinal são as Musas que escolhem os escritores... É também uma enorme responsabilidade, porque aqui eu preciso te retratar do jeito que é a mim e juro que isso é difícil, afinal você é muito mais do que a minha amiga, muito mais do que a minha Musa e você sabe bem disso.
  Vou começar com uma história. Não, não é a nossa história. Certa vez alguém inventou a distância e isso foi algo ruim a ser inventado, separou pessoas que se amam, pessoas que dão muito certo juntas e pessoas que poderiam dar certo. Mas isso também levou a criatividade das pessoas, inventando mil maneiras de se sentirem mais perto uma das outras. Ligações, emails, cartas e outras mais peculiares.
  Onde quero chegar? Perto de você, claro. Quero apenas dizer que eu tenho mil maneiras de me sentir perto de você. Te ligando em horas inapropriadas, te mandando mensagem na hora errada e principalmente lembrando de tudo que passamos. Eu sempre me preocupo com você e isso é a mais pura verdade. Sei que você não me dá muitas notícias, ainda assim, espero por elas. Espero porque são aquelas 2 horinhas que ficamos no telefone que aliviam a minha ansiedade, matam a minha saudade de você e ainda me faz feliz.
  Então não chore minha ausência, guarde um pouco a saudade e depois deixe-a comigo. Eu faço sempre assim e sempre deu certo, é sempre com uma enorme animação que te atendo ou tento te ligar quando posso.
  Ainda vou te sequestrar e me casar com você e isso transpassa o tempo. Anote no seu caderninho...
  No fim, não descrevi tanto a minha Musa, mas é porque ela é uma Musa difícil e é bem mais gostoso deixar que todos fiquem na imaginação, porque o ciúmes é maior e também a curiosidade...

Tori - Não é á toa o apelido, pássaros voam e espero ver esse na minha janela...


You again



  É inevitável. Tentei fugir por dias, me isolar de todos e ainda assim você não saí da minha cabeça. Também pudera, como se apaga alguém que o coração não quer esquecer?
  São as coisas remotas e banais que me lembram de você, não que você seja banal ou remota, mas sim porque é no dia-a-dia, nos pequenos detalhes em que sinto a sua falta. É aquela flor que cresce solitária em uma praça e quero apanhá-la para te presentear, são os sons da cidade que me acordar de manhã e eu abro os olhos na esperança de vê-la ao meu lado, na textura da coberta que sempre nos cobre nossos corpos, no rastro do perfume que ainda ficou por aqui e do sabor que não quero esquecer.
  Tentei apagar o fogo, mas descobri que quero usá-la em caso de incêndio. Brincar com fogo e me queimar, não importa, quero você agora...

domingo, 6 de janeiro de 2013

Dicionário


  Perdi uma palavra no meu dicionário: amor. Ele sumiu das suas páginas e tento encontrá-lo em linhas já conhecidas.
  Me deram conselhos, daqueles das pessoas que sabem usar os dicionários, me disseram que o amor está depois da palavra dor, só um pouco distante da paixão. Outros me dizem que está na mesma página da saudade e da felicidade, outros dizem que essa palavra não existe é puro neologismo.
  Tentei seguir todos os conselhos, mas o meu dicionário já tão conhecido, se revelou não tão conhecido assim. Caminhei pelas páginas desordenadas sem encontrar nada e a busca sempre te afeta e te desgasta de alguma forma.
  Porém, eu não sabia que ele estava junto a uma palavra que me é tão comum, que visito com uma grande frequência e sonho com uma ainda maior. Essa palavra é: você...