Acho que o maior problema da insônia não é a fadiga do dia seguinte, os olhos cansados e o corpo mole. Mas sim a fadiga mental e mais do que isso, a tortura noturna. Tortura que se passa em nossos pensamentos, junto a escuridão da noite, as lembranças vêem à tona e ganham um ar obscuro. As lembranças que queríamos esquecer aparecem, os medos voltam para conversar conosco e o tempo simplesmente nos trapaceia e não passa.
Por outro lado também há as lembranças boas, que intercalam-se com as ruins, essas nos deixam o sentimento de saudades, a apreensão pelo dia que está para vir. Porém assim como as ruins, elas mudam nosso estado, nos fazem torcer pelo dia que ainda está por vir e esquecemos o momento que vivemos.
E cá estou, com os olhos cansados e pesados, com os pensamentos flutuando a mil, mas com uma paz de alma que apenas as letras, a escrita e o registro me permite. E agora vou caçar meu sonho, como quem caça uma borboleta para se alegrar e quem sabe lá, eu não encontre uma borboleta que não me faça querer acordar e que destrua minha noção de tempo. Para que outro dia comece e eu tenha a certeza que será um dia bom...
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