quarta-feira, 31 de outubro de 2012
Notes about you
Sempre me surpreendo com o seu modo de me decifrar sem nem ao menor saber. Acerta nas palavras, na hora exata e quando percebo estou completamente exposto à você, até as minhas entranhas e incrivelmente eu não sinto medo e muito menos vergonha dessa posição.
E por mais que a cãibra atinja a minha criatividade, os meus músculos e a minha vontade, é em sua fascinação que nasce a minha inspiração. De autor anônimo torno-me conhecido por ti e, de toda platéia mundial, você é o único público que realmente importa. Enterro minhas obras em seu coração, minha heranças mais sincera do modo como esse homem achou de te mostrar....amor....
Marcadores:
Crônicas e digressões,
Fake Angel,
Sobre você
domingo, 28 de outubro de 2012
História sobre história
“Histórias? Tsc...”
Sentado o escritor jogava para a rua o papel completamente
amassado de seus escritos, pegou um cigarro e o tragou, mas logo a chuva que
caia sobre o seu corpo naquele banco da praça o apagou.
“Maldição”
Logo começou a pensar sobre as histórias, todos querem ouvir
histórias de amor, histórias interessantes e envolventes. A vida dele não era
assim, era quieta, mórbida e quase nada acontecia. Ainda assim seu nome estava
nas capas de revistas, era contado para crianças pequenas que se maravilhavam ao
ouvir o enredo bem estruturado dos seus contos. Mas a vida não mudava, estava
estática.
“Mentiras para suprir o ego das coisas que ele não pode
fazer...”
De fato, são mentiras contadas com gosto, estruturadas para
nos enganar e nos fazer ir para outro mundo, era assim que ele pensava. Queria
voltar para casa e queimar todos os livros, queimar todos os escritos, grande
difamadores da mentira da vida! Grande desilusores das mentes apaixonadas!
Tinha ódio da própria profissão, repulsa por ter iludido tanta gente!
Até que em meio a chuva um casal de namorados dividia um
guarda chuva, na janela da casa a frente um menino brincava com uma espada de
madeira e uma capa, ao seu lado uma pessoa brigava com uma árvore tentando
salvar um gato dali e então ele percebeu que a injustiça era apenas dele. Os
contos, as crônicas todas existem, dentro de nós, dentro de nossas almas,
corações e todas elas são possíveis, desde que passamos a acreditar no que
escrevemos. Essas letras, essas palavras são nossa alma, posta em código para
serem partilhadas, assim como os sentimentos nela expostos, para serem sentidos
e mais do que isso, para serem vividos, quantas vezes o livro durar, quantas
vezes a memória deixar...
Marcadores:
Crônicas e digressões,
Fake Angel,
Reflexões
Seu personagem
Já parou pra pensar em como seria conversar, ver e tocar os personagens que você descreve? Como eles seriam? O que eles fariam?
Então percebo que eu já não sei em que mundo eu vivo, se no meu ou dos meus personagens, como disse no filme The Raven, o personagem fictício de Poe. Pareço também que entendo em boa parte a vida e os pensamentos de Pessoa, como devia ser fantástica a mente dele e ao mesmo tempo como era difícil achar o seu mundo.
Assim é o meu agora, oscilando entre os personagens que crio e a minha própria realidade, hora me sinto como o platônico apaixonado por suas musas, hora como o frio rei calculista, hora como um louco desfragmentado, hora como um viciado em trabalho e hora como um escritor falido.
Queria me sentar com eles para tomar café, mas tenho a certeza absoluta que levaria tantos puxões de orelha, que os elogios por tê-los criados não seriam nada, assim como eu entraria naquele mundo louco e iria querer acordar, para a minha ou para a realidade deles?
[Explico a foto: É de um jogo chamado Persona 3, muito sugestivo da qual cada pessoa possui uma Persona dentro de si]
sexta-feira, 26 de outubro de 2012
Escritório e café
Um escritório e um café sempre te dão aquele pequeno surto de inspiração. Estar aqui é como começar o dia: Tudo em silêncio, aquecido pela café quente.
Esse que eu uso como uma pausa do trabalho e para os olhos pesados de ficarem frente ao computador, olho pela janela e a vida passa lá fora, volto a trabalhar. Mais um gole, uma pausa para rascunhar algumas coisas, mais um gole e uma conversa com a colega de trabalho, esperiências que se ganhem com goles e goles de café.
Acabou, o copo está vazio e volto para a frente do computador, para o trabalho. Aliás, vou lá pegar outro copo de café....
O lugar
A mente divaga junto ao andar, as idéias voltam a bater na cabeça anets vazia, sempre naquele turbilhão. Tento organiza-las junto aos pensamentos e descubro que eles sempre acabam em você.
Você é onde meus pensamentos termina e com a mente vazia ou não, você é o lugar onde me encontro e onde termino. É a minha ilusão de inspiração, a enganação que me agita e ao mesmo tempo me acalma e, as palavras clamam para eu contar sobre você você, para eu (d)escrever você com todos os adjetivos mais bem escolhidos, dando vazão a fantasia do meu olhar. É você que me faz voltar aqui, no meu lugar...
Marcadores:
Crônicas e digressões,
Fake Angel,
Sobre você
quarta-feira, 17 de outubro de 2012
Let's talk about love?
Tema que se encontra um tanto longe de mim, porém ao mesmo tempo tão perto. Ouvir essa palavra me dá aquele arrepio gostoso e por horas eu relembro meus momentos de amor, sensações sempre agradáveis me veem e muitas vezes torço para me apaixonar de novo.
Por enquanto, contendo-me com as minhas musas e as líricas de amor platônico, com os relatos de outras pessoas e com a visão que as vezes me surpreende. Por isso estou tão próximo dele e ao mesmo tempo tão longe, mas sou sempre aquele que torce pelas histórias de amor e até mesmo as ajuda a realizar, loucura não?
Mas estou aqui para falar do amor e não dos meus sentimentos com ele, então, deixo que ele seja também uma das minhas musas e que tenha o seu espaço (que já é grande e repetido) em tantos textos meus. Porque é daquele sentimento que nós fazer cometer loucuras, que nós discrimina a visão, nós faz sonhar acordados, cantar em meio a rua, sorrir sem nem ao menos perceber, conhecer a saudades e a vontade de estar próximo, é desse sentimento que tanto falo e que tanto busco...
Window
Estou sentado frente a minha janela, uma árvore de ipê floresceu a pouco tempo e eu nem tinha notado, o perfume fraco das flores e a cor rosa dos buquês encheram a paisagem, é realmente algo lindo. Ali embaixo um homem troca um vidro, carros passam alucinadamente sem que eu saiba quais são os modelos ou quem os dirige, passarinhos cruzam o meu olhar ou encantam os meus ouvidos. A quanto tempo estou aqui? Já não sei, minutos, horas, dias, meses? Percebo que a minha vida passa frente aos meus olhos, por aquela janela e eu sou mero expectador. Assim sinto-me, assim sou, vendo a vida passar preso numa mecânica da qual não consigo fugir. Mas ser expectador tem também as suas vantagens, por mais que a poética seja inibida por tal mecânica, tudo aos olhos do poeta são poesia e tudo tornam-se relatos, textos, crônicas e contos, para registrar que mesmo quando ele não vive, ele vive...
Antes do fim, queria apenas dar as boas vindas a Tori (Damsel in blue) novamente, seus textos sempre me são uma surpresa quando venho escrever e sempre me inspiram. Bem vinda de volta! s2~
segunda-feira, 15 de outubro de 2012
15
No meio do dia, quando eu to mais desocupada e você me vem à cabeça, penso em te escrever. Já cheguei a rabiscar em uns guardanapos algumas frases bonitinhas, ou escrever no meu celular (mesmo com aquele teclado HORRÍVEL!) um texto pra te enviar depois. Eu sempre escrevo - porque é meu jeito de dizer aquilo que fica preso quando meu coração acelera e eu estou perto de você - mas algumas vezes, em perfeito timing, um medo muito grande toma conta de mim e eu decido esperar mais um pouco.
E eu espero, e estou certa.
Alguma coisa sempre acontece, e isso me faz pensar muito...
Merecimento é uma coisa complicada!
(17/08/10)
domingo, 14 de outubro de 2012
14
Tinha vezes brincavam de ver o futuro. (Não que acreditassem nisso, é claro, mas era uma brincadeira divertida.) Seguravam as mãos um do outro e corriam seus dedos pelas linhas evidentes, sabendo que isso era apenas uma desculpa para se tocarem. Riam, riam, riam e riam, como só pessoas que se gostam muito conseguem fazer.
"Tá vendo alguma coisa?"
"Tô."
"Hm."
"Duvida?"
"Não, mas fala o que é!"
E ficavam nisso por alguns minutos. Você vai ganhar na loteria. Você vai ter 3 filhos e um cachorro. Amanhã o ônibus vai quebrar, então pegue o trem. Era gostoso, era feliz. ( Se você já se divertiu com alguém importante, talvez saiba qual a sensação. )
Foi assim por muito tempo. Foi lindo.
Um dia me perguntaram o que eu via, e foi muito simples.
"Vocês serão irremediavelmente felizes, e só."
Nem precisei inventar.
(escrito em 12/09/11)
"Tá vendo alguma coisa?"
"Tô."
"Hm."
"Duvida?"
"Não, mas fala o que é!"
E ficavam nisso por alguns minutos. Você vai ganhar na loteria. Você vai ter 3 filhos e um cachorro. Amanhã o ônibus vai quebrar, então pegue o trem. Era gostoso, era feliz. ( Se você já se divertiu com alguém importante, talvez saiba qual a sensação. )
Foi assim por muito tempo. Foi lindo.
Um dia me perguntaram o que eu via, e foi muito simples.
"Vocês serão irremediavelmente felizes, e só."
Nem precisei inventar.
(escrito em 12/09/11)
13
Caramba! Mas o que foi isso? Eu acordei pensando em escrever sobre como você tem sido a minha maior decepção até hoje, mas aí ouvi uma música que me arrepiou e uma enorme felicidade tomou conta de mim. Arrancou-se aquele nó da minha garganta, aquela angústia e espera passaram. Eu não preciso disso, eu não preciso sentir ou passar por nada que me faça mal, entende? ( Eu entendo, eu entendo! ) Não sei se foi uma coincidência o sol voltar a brilhar hoje; eu não sei se foi o calor ou o sangue subindo para a minha face enquanto eu corria, mas a minha voz finalmente voltou.
E a sutileza toma conta,
Percebe?
sexta-feira, 12 de outubro de 2012
12
11
E no meio da noite pude ver claramente a sombra dos livros empilhados, esquecidos em um canto e juntando poeira. Olhei pela janela e o céu, pálido e transtornado pelas luzes que nunca se apagam, já não tinha mais aquele tom de tinta azul de que eu me lembrava. E enquanto a silhueta de todos os detalhes — e lembranças, segredos e histórias — murmuravam e pediam minha atenção, um som na minha cabeça me fez perceber que era melhor voltar a dormir.
Não pensa muito de noite, menina. Escreve que é melhor.
Não pensa muito de noite, menina. Escreve que é melhor.
quarta-feira, 10 de outubro de 2012
Ilustre Desconhecida
Você passou por mim como quem não queria nada, eu estava sentado na rua apreciando o meu cigarro e logo meus olhos fixaram-se em você. O tempo passou e aquele local e aquela hora se tornaram sagradas, era sempre o momento e o local em que eu a via passar. Logo tornará-se uma paixão completamente platônica.
Mas o tempo tende a correr e logo eu a conheci, nos tornamos amigos e até demais. Eu te via em minha casa, me via na sua, nas saídas, nos lugares e cada vez mais dividia o meu espaço e tempo com você. Foram beijos trocados, carinhos passados, amassos dados, transas roladas e tantas outras coisas, mas parecia que eu nem ao menos sabia o seu nome. Agora paro para pensar, que você é uma ilustre desconhecida que nunca se deixou conhecer. O meu lado curioso urge para conhece-la... Deixe de ser essa desconhecida e deixe-me entrar no seu mundo?
Não, prometo que será rápido, uma simples olhadinha, uma simples ida para que eu a entenda e estenda a minha mão. Quero saber o seu nome, quero saber os seus gostos, quero saber de você...e talvez eu esteja apaixonado por alguém que não conheço e quanto mais conheço, mais apaixonado fico...
Marcadores:
Crônicas e digressões,
Fake Angel,
Sobre você
sábado, 6 de outubro de 2012
God like
Escrever é como brincar de Deus, mais do que sonhar ou imaginar, escrever faz você criar mundo e realidades a seu bel prazer.
Eu sou exímio na arte de brinca de Deus, tenho inúmeras facetas, inúmeros autores escrevem através de mim, inúmeros personagens largam as suas vidas em minhas mãos e eu amo inúmeras musas. Mas até onde se pode brincar com isso? Até onde eu brinco tanto, como uma criança que não esgota a sua energia na brincadeira e sempre passa da hora de parar?
Eu sou uma criança, talvez covarde, talvez excessivamente energética, depositando todas as minhas energia numa brincadeira. Mas todos os castelos são de areia, todos os dias tem um fim e o sol se põe sempre, o tempo não é infinito e cada vez mais eu começo a me lembrar disso tudo...
Por mais que as paredes dos meus castelos sejam fortificadas, por mais que eu as repare sempre que quero, há sempre invasores, há sempre um vento que o derruba. E o herói nunca herói por tanto tempo, assim como não é imortal e o amor...
O amor é sempre belo, o amor é sempre o amor, em todas as minhas realidades, em todas as minhas facetas, em todas as minhas brincadeiras. Por um único momento, feche os olhos e venha brincar comigo, deixe que o amor norteei tudo isso como sempre, deixe que ele dite os rumos, porque não quero mais brincar de Deus, quero sim sentir esse amor de forma inesperada, andar sem saber qual é o meu destino, na estrada que não fui eu quem criou...
Marcadores:
Crônicas e digressões,
Fake Angel,
Sobre você
sexta-feira, 5 de outubro de 2012
Once upon a time
Ontem alguns fatos me fizeram pensar muito, dedico esse post a minha filha e a Lara.
Tudo parece como um conto de fadas, contado detalhadamente a mim. De fora, é fácil para dizer as coisas, ver as coisas, se encantar e chorar. De dentro, bom, só quem está dentro sabe o que está passando.
Eu me vejo sentando ouvindo o conto de fada passar e me sinto na platéia, torcendo para que os personagens fiquem juntos, interajo com a história, gesticulo, torço, rezo e tento até entrar no livro para fazer alguma coisa. Me derreto quando o casal fica junto e sempre acho lindo o amor e o quanto ele pode superar barreiras.
Pouco a pouco o conto de fadas vai sendo escrito, folha por folha, linha por linha, palavra por palavra. É mais do que um esforço poético, é uma vivencia maior do que isso, é uma experiência sem limites.
Faltam algumas folhas (poucas, adianto) para o final feliz e como expectador, fico a espera desse final, torcendo, interagindo, gritando e agindo. É o mínimo que posso fazer, para que eu também chegue no final do livro com um sorriso e olhe a contracapa, recapitulando a história com aquele sorriso doce no rosto e quem sabe, não seja o conto de fadas que irei contar aos meus filhos...
É tudo que posso fazer,
De coração,
Papai.
Marcadores:
Crônicas e digressões,
Fake Angel,
Sobre você
quinta-feira, 4 de outubro de 2012
Sua fase
Esse é aqueles dias péssimos em que você tira para falar sobre alguém. A música é só porque eu gosto dela mesmo hahaha.
Mas foi uma semana um tanto complicada, pra mim e pra você. Mulheres e suas disfunções hormonais, mas também me deixou ver fases suas que eu ainda não tinha presenciado e se me permite, aqui vai um pouco das minhas observações.
Você realmente brava e me batendo com força certamente foi uma delas haha, mas você também fica muito mais manhosa nessa fase e adoro quando me da abraços assim, são segundos a mais que eu ganho nesse abraço tão gostoso, afinal temos o mesmo tamanho.
Também nunca tinha ouvido sua voz de sono e é engraçado você desacreditando quando eu digo que ela é gostoso de se ouvir e de fato é, ainda mais porque eu também estava começando a acordar naquele momento...
Texto singelo, simples e até mesmo muito clichê, mas acredito que nada é clichê quando se vem do coração e nada é igual, assim como nada passa a ser simples e sem graça...talvez nas entrelinhas exista de fato um texto realmente bonito...talvez....
Marcadores:
Crônicas e digressões,
Fake Angel,
Querido Diário feelings,
Sobre você
segunda-feira, 1 de outubro de 2012
[IM] Perfect
A rosa que eu ia te dar, deixei-a no chão e a pisoteei, o poema eu rasguei, as líricas eu destruí, os ursinhos eu queimei e os corações rasguei. Não é que eu não te ame mais, apenas cansei dessa minha faceta...
Eu não sou perfeito, longe de ser e cansei de fingir ser. Cansei tentar de ser perfeito pra você. Eu sou perfeito pra mim quando ando desarrumado e do jeito que bem entendo, quando durmo a tarde inteira sem precisar ficar me explicando, quando jogo escondido a noite até o dia seguinte e chego na sua casa e durmo. Não vou mais ficar tentando cumprir todos os seus desejos, todas as suas vontades mais loucas, chega! Não sou um príncipe sem vontades ou desejos, muito menos que isso, sou um garoto de cabelos desarrumados e roupa amassada. Estou te deixando isso e virando-lhes as costas, cabe a você querer me seguir, porque o meu caminho eu acabei de traçar...
[Fiquei levemente relutante em postar algo assim num blog que devia (ou começou) com um caráter estritamente romântico. Porém acredito que essa é também uma faceta que muitos não conheciam e eu não vou fingir para sempre ser o cara romântico perfeito. Isso também reflete um pouco do momento que agora passo, talvez uma redescoberta, talvez uma revolução. Mas assim como Fernando Pessoa, é apenas uma faceta de mim e eu nem ao menos sei qual delas eu sou, apenas sei que sou todas elas.]
Clock
Por um período longo o meu tempo parou. O relógio parou com o habitual "tic-tac" e os ponteiros congelaram em um horário que não me interessa. A vida tornou-se um ciclo, da qual eu não sabia qual era o início e nem quantas voltas eu estava dando. O tempo não me ajudava, afinal eu sempre olhava no meu relógio e o tempo era sempre o mesmo.
Até que resolvo joga-lo no chão, estilhaça-lo e caminhar pelas curvas, a rebeldia antes escondida agora se mostra em seus aspectos mais desastrosos, mais destrutivos e mais aleatórios. Eu sou o louco que canta na chuva enquanto os outros se escondem embaixo dos guarda-chuvas cinzas, aquele que dança no meio da rua quando estão vendo ou não, que não esconde o sorriso perante a simples felicidade de acordar e caminhar, que ri de si mesmo em situações constrangedoras. Eu sou o rebelde que desejei ser...
Desejar. Fosse isso que faltava para mim, olhar para o meu desejo que urrava dentro de mim, como o feroz animal da qual o instinto já tinha captado o erro que era andar em círculos, desejo que eu escondia e deixava os dos outros sempre a frente.
Mas agora o relógio não existe mais, existe apenas um chapéu de um chapeleiro qualquer, existe apenas a marca de louco na rebeldia sem lógica. Porém por tanto tempo eu nunca me senti eu mesmo, no mais profundo do meu ser, eu nunca me senti tão eu mesmo...
Talvez o rebelde não seja tão rebelde, seja apenas o que sou. Talvez o louco não seja louco, seja a mais sensata das minhas expressões. E talvez a minha arte não seja sem sentido e sim, a mais ingenua forma do meu desejo...
Assinar:
Postagens (Atom)