Já parou pra pensar em como seria conversar, ver e tocar os personagens que você descreve? Como eles seriam? O que eles fariam?
Então percebo que eu já não sei em que mundo eu vivo, se no meu ou dos meus personagens, como disse no filme The Raven, o personagem fictício de Poe. Pareço também que entendo em boa parte a vida e os pensamentos de Pessoa, como devia ser fantástica a mente dele e ao mesmo tempo como era difícil achar o seu mundo.
Assim é o meu agora, oscilando entre os personagens que crio e a minha própria realidade, hora me sinto como o platônico apaixonado por suas musas, hora como o frio rei calculista, hora como um louco desfragmentado, hora como um viciado em trabalho e hora como um escritor falido.
Queria me sentar com eles para tomar café, mas tenho a certeza absoluta que levaria tantos puxões de orelha, que os elogios por tê-los criados não seriam nada, assim como eu entraria naquele mundo louco e iria querer acordar, para a minha ou para a realidade deles?
[Explico a foto: É de um jogo chamado Persona 3, muito sugestivo da qual cada pessoa possui uma Persona dentro de si]
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