quarta-feira, 29 de agosto de 2012

Wait


  O poeta sentou-se no banco de sempre, na estação combinada. Ajeitou-se no banco que já tinha sua marca registrada, que guardava uma série de memórias tristes e alegres. Foi ali que eles se encontraram a primeira vez, foi ali que eles se despediram tantas vezes e as marcas das lágrimas ainda pareciam claras. Ao seu lado, ajeitou também a rosa que sempre trazia a ela.

  Esperou, esperou e esperou. Os trens passavam junto as horas, pessoas circulavam: umas apressadas, outras perdidas, outras marcando encontros, outras se despedindo e outras se encontrando. E ele esperava ali, quase estático alimentando a vaga esperança, caçando entre a multidão o rosto conhecido que tanto esperava.

  Continuou na sua espera, a rosa murchará e morrerá ali. Levantou-se do banco, desistindo da espera que tanto o torturava. Olhou para trás na esperança de vê-la, seguiu em passos lentos na esperando de ouvir o "Me espere" que nunca veio...

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