terça-feira, 31 de julho de 2012

Chuva



  A chuva veio cair sobre mim hoje, nesse frio que está! Na hora me senti levemente incomodado, tentando me esconder dela. Foi então que lembrei, que devo muito a ela. Fonte de tanta inspiração para tantas poesias, fonte de brincadeiras embaixo dela, sem se importar com o que viria depois: Deixávamos apenas a chuva lavar nossos corpos e almas enquanto nos amávamos. Fonte de quebra de rotina, sinal de ficar embaixo das cobertas, beber com os amigos, sinal de tanta coisas...
  E ela caia solitária nessa manhã, as pessoas correndo e se escondendo dela, esquivando-se. Eu, simplesmente tirei a touca e deixei que ela caísse sobre a minha face, num gesto de devoção, devoção do ser humano que na fria rotina, deixou-se esfriar ainda mais pela chuva, mas sentia o calor das lembranças que ela trazia e diferentes dos que corria dela, a procurava, para lembrar cada vez mais, viver as lembranças de novo e sorrir. Como um bobo em meio de todos, preso num mundo imaginário, antes de acordar novamente e sentir o frio da chuva na face, correndo dela e fugindo.

domingo, 29 de julho de 2012

Bagunça



Não posso deixar minha mente sozinha por muito tempo! Logo ela vira uma zona, uma zona de guerra, uma zona de idéias e eu fico hiperativo. Quero fazer tudo, colocar tudo em prática, quero ser o super homem, quero destruir tudo e recomeçar. Minha mente é um poço fundo que há de tudo, de tudo mesmo! Isso muitas vezes me assustas, mas hoje, simplesmente me incentiva a compartilha-la com quem quiser. E lá vou eu, talvez em outro projeto, talvez em outra novidade. Aguardem!

Caçando Borboletas



Me sinto agora como um caçador de borboletas amador. Admirado pela beleza de tais criaturas, caça-as numa luta incessante, mas sem sucesso em capturá-las. Talvez porque as borboletas nasceram para serem livres ou simplesmente pelo ímpeto que o cega da técnica. Seja o que for, é uma caça sem sucesso.

E por que me sinto assim? Porque caço um sentimento que perdi. Há alguns dias acordei com o doce sentimento de você ao meu lado, ainda meus braços. Eles se lembravam bem do peso do seu corpo, do formato, meus olhos ainda estavam vidrados nos seus verdes e nada existia ao redor, apenas a figura doce e delicada do seu sono. Minha mão ainda treme ao tocar a sua face, com medo de acordá-la no processo.

Porém, tudo isso se foi ontem, a mente que tanto lembra, também traí. E me traiu de modo cruel, lembrou-me que você é uma borboleta, que voa livre pelo céu azul. Meus braços saudosos tentaram buscá-la, minha mente traída tentou resgatá-la. Mas algo me impedia, algo me dizia que as borboletas são belas por voarem livres e volto a ser apenas um admirador, esperando que eu possa acordar com a minha borboleta sobre os ombros ou melhor, torcer para que o seu voo cruze com o meu caminho e por apenas um momento, a borboleta esteja comigo, com o peso que meus braços ainda lembram, a cor que meus olhos recordam e o sabor que meus lábios não esqueceram.

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E chegou uma hora que fazia mais sentido enxergar as pessoas como cores, não por torná-las mais simples, mas porque isso o ajudava a enxergar melhor a complexidade delas. Todas as células do corpo de Dani gritavam laranja, do tipo que captura sua atenção, ardente e brilhante. Ela sempre foi laranja, como ele percebeu desde a primeira vez que a viu, e isso o fez tremer. Mesmo ela não acreditando que laranja e azul ficam bem juntos - o que é um grande absurdo, claro - ele não perdia as esperanças.

Os azuis eram, definitivamente, as pessoas mais fascinantes que ele conhecia e, mesmo que falhasse em enxergar em si mesmo tudo aquilo que via nos outros, estava grato por fazer parte desse grupo. As pessoas dizem que azuis são calmos - talvez não por dentro, ele pensava, lembrando da tormenta que eram suas emoções. Mas o mar também passava por momentos de agitação que mal podiam ser contidos e ele refletia o azul do céu, não é mesmo? Azul tem mistério, ele lembrou e começou a rir da sua vida estática, imaginou se as pessoas conseguiam achar algum mistério naquilo. Azul é uma cor curiosa, porque te ensina a confiar seja lá no que for necessário.

Ele deixou de se sentir azul no dia em que apanhou daqueles garotos insuportáveis. O capuz de seu moletom, vermelho escuro, cobrindo o rosto enquanto passava pelo grupo de agressores. "Vai logo, Chapéuzinho.", eles disseram brincando.

Vermelho. Ele pode viver com vermelho - energia, intensidade, determinação. Combinava muito bem. Na verdade isso o ajuda. Saber que ele e Dani não são complementares, mas sim análogos. O que faz sentido já que, de uma maneria estranha, os dois têm muito em comum: inteligentes, reservados e com indícios de mentirosos patológicos.

Pensou no melhor amigo: Tales era amarelo - alegre, estimulante e, muito frequentemente, um sinal de perigo iminente. Alice é violeta, complementando a falta de juízo de Tales com um certo toque de nobreza, ambição e paixão de quem corre atrás do que quer. Os dois haviam se encontrado em meio a tantas pessoas e agora não se deixavam mais.

Ele encontra essa garota um dia, logo depois de uma caminhada, saindo do parque e de volta para as ruas barulhentas da cidade. Olhos brilhantes enquanto confere o horário em seu relógio de pulso. Ela transparece essa aura calma, como se ela fosse uma extensão das árvores que se elevam e protegem aquele caminho do sol. Ela foi feita para aquele lugar, ou talvez o lugar tenha sido feito para ela.

Ele lembra de ter lido que a cor verde é a que mais acalma o olhar. Transparece resistência, crescimento e esperança. Ela fica surpreso ao perceber que queria que ela fosse verde, que pudesse expressar esse sentimento de cura e segurança. Ele queria, com toda a sinceridade, que fossem complementares.

Ele faz o que pode, trilhando seu caminho em direção a ela e derrubando os muros que os separavam. Quanto mais ela o deixa descobrir, mais ele quer saber. Eles ficam bem juntos, o instinto de um com o sarcasmo do outro. E quando ela o beija - docemente e devagar - ele tenta se segurar em algo que o mantenha estável. Seus pensamentos numa súplica constante.

Que seja verde, que seja verde.

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Ficava pensando nas coisas que poderiam acontecer. Fechava os olhos e imaginava o destino claramente. O primeiro dia vai ser fantástico, o sol brilha de um jeito diferente quando se está longe de casa. Apertava os punhos e pensava "Sério? Eu nunca fiz isso antes. Nunca fui tão longe de casa.". Tremia. Essas coisas dão um arrepio que sobre pela espinha e termina na nuca.

Eu nunca fui tão longe de casa. Nunca.
Nem dá pra acreditar.


Que dezembro chegue logo.

sábado, 28 de julho de 2012

Tolos



Somos todos loucos,
Procurando uma redenção,
De um quente coração.
Já ficamos roucos,
De gritar por alguém,
Esperar um carinho,
Que parece que não vem.
Depois quando sozinho,
A pele lembra o toque,
E até um pouco ciumento,
Não deixa que você foque,
Em qualquer outro sentimento...

Brincar de ver as Nuvens




Estava sentado no banco do meu prédio, quando duas menininhas deitaram-se na minha frente, na grama e uma disse a outra:
- Vamos brincar de ver as nuvens?

A outra afirmou com a cabeça e logo apontou para cima:

-Olha, aquela ali parece um dinossauro!

Então eu também olhei para cima e comecei a observar as nuvens. Foi então que eu notei. A quanto tempo eu não olhava para cima, para o céu? A quanto tempo eu não tenho um tempo livre para não fazer nada, para simplesmente deitar na grama e deixar minha imaginação trabalhar em cima das nuvens? Acabo de ver que minha rotina louca, agitada e esse ímpeto de sempre lotar minha agenda não me deixa ter espaço, para pequenos atos que eu já me esqueci, mas que os olhos ingênuos de uma criança conseguem me relembrar e me fazer sentir falta desses pequenos momentos...

sexta-feira, 27 de julho de 2012

Poeta

O poeta tentou fingir,
A sua normalidade,
Mas logo começou a rir,
Por fingir tamanha barbaridade.
És um louco assumido,
Dos loucos o mais varrido,
Dos varridos o mais liberto,
Pelas palavras que profere,
Mesmo estando incerto,
Das palavras que o fere.

Alimentando meus olhos


Descobri que gosto de ver paisagens, não, melhor, descobri que gosto de ver coisas. Sinto apenas uma pena por apenas eu conseguir ver o que vejo e não conseguir compartilhar isso com os outros, tento então descreve-las em palavras, mas que também são falhas (talvez por falta de habilidade), deixe então eu tocar a sua mão, feche os olhos e quem sabe, todo o meu carinho te mostre o que estou vendo, o que estou sentindo e tentando te dizer, com todo meu amor.

quinta-feira, 19 de julho de 2012

Estático


Hoje o dia está estranho. Parece passar em frente aos meus olhos sem que eu seja sujeito dele. Estou estático, vazio, parado. Estranho. Não sinto vontades, desejos, sinto apenas o corpo congelado e parado em algum lugar. Deve ser esse o efeito da sua ausência, deve ser. Mas tenho que lidar com...lembrei do nome...essa solidão. Porém as memórias são sempre quentes, sempre me lembram do que já foi e derretem esse gelo que me prende e caminho, pouco a pouco, na direção incerta dum futuro que me espera.

Você



- Você me faz feliz.

Algo que fazia tempo que não dizia e segundo meus amigos, parecia que estava difícil eu me sentir assim: feliz. Mais do que isso, mesmo sem você aqui, sinto-a perto e tudo parece tão diferente. O mundo parece estar "cor-de-rosa", as coisas tornam-se mais engraçadas e vem aquele sorriso tolo quando lembro do seu. É tudo muito gostoso. É engraçado como nesses momentos você parece não saber o que dizer, não saber o que escrever e nem como descrever o que você sente, fique então com meu sorriso, ele não é tão belo quanto o seu, mas ele é tolo e sincero. Isso já deve bastar para descrever o que minhas palavras restritas não conseguem.

Obrigado pelo que me fez, pelo tempo que me deu e que ele mesmo me traiu, passou rápido enquanto esteve aqui e agora parece andar tão devagar.

- E você vai sobreviver sem mim?

terça-feira, 17 de julho de 2012

Inverno



No frio do inverno,
Sem seu tímido calor,
Só peço um abraço terno,
Da minha delicada flor.

Quanto mais eu verso,
Mais besta isso parece,
Mas o inverso,
Simplesmente me padece.

Falo então da menina,
Que meus olhos encantou,
Sem perceber ela chegou,
E tão rápido foi p/ onde destina.

Agora meu coração oscila,
Entre o medo que o vacila,
E a paixão que sempre culmina,
Nos seus olhos de menina...

segunda-feira, 16 de julho de 2012

Minha princesa dos olhos verdes




               Foram 3 dias em que eu fui tudo, fui cabide, consultor de moda, amigo, massagista, amante, namorado... Também passei por tudo: Ansiedade, preocupação, fiquei tão nervoso quanto você, expectativas, frio, muito frio! Paixão e tudo mais.
                Foram 3 dias em que eu tive de fazer toda nossa história virar realidade, em que eu dei tudo de mim para que fossem 3 dias mágicos para você, mas acho que muito mais do que isso, foram 3 dias em que eu fiz de tudo não para ser o seu príncipe, mas para te mostrar que você sempre será a minha princesa.
                Você não ganhou o concurso, é verdade. Porém há princesas sem coroas e que possuem lugares em que reinam absolutas e esse lugar, você conhece bem.
                Eu sei que já te disse isso tudo, mas tenho medo que depois de um tempo minhas memórias me traiam e eu me esqueça de tantos detalhes e por isso estou deixando registrado aqui. Por enquanto há muitas coisas que ainda me fazem lembrar desses dias: O sabor do seu beijo, o seu perfume que ficou em minhas roupas, os seus olhos tão lindos, a cena de você desfilando como uma verdadeira princesa, os momentos engraçados, o tchau de miss...tantas coisas que tenho certeza que será um grande marco na minha vida e espero também ter sido um marco na sua.
               
                “E a rosa demorou a morrer, sabia ela que tinha de ficar observando-a, para saber como ser tão linda, tão graciosa mesmo sendo um tanto atrapalhada. Com aquele sorriso que não sumia e encantou a tantos lá em cima, com o esforço de andar de salto e que foi tão gracioso. Com o jeito de encantar a todos e cativar, com a teimosia e o orgulho. Sabia ela que tinha que aprender tudo isso, porque ela é sim a rainha das flores, mas percebeu que não sabia como ser uma princesa tão graciosa...”

domingo, 15 de julho de 2012

7


Deitar, fechar os olhos e pensar na astronomia que o envolve. Imaginar se quando ele chora o universo escorre de seus olhos. E se ele cantar, aposto que as constelações dançariam só para agradá-lo. Um rapaz com uma beleza interior tão cativante: feito de poeira de estrelas ou nascido de uma supernova? Com uma galáxia entre suas costelas que eu ainda não descobri; é um mistério, uma estrela que ainda não me pertence.

quarta-feira, 11 de julho de 2012

Japan

Planejando um arubaito no fim do ano, bate sempre aquela apreensão. A vida será sim difícil, mas mais do que isso, como será que é se jogar de cabeça em um país em que você é analfabeto? Bate um pouco de medo, mas excitação pela aventura de viver durante 3 meses em um local completamente diferente...

Fim do ano está chegando, Japão está chegando...

terça-feira, 10 de julho de 2012

Musas


Decidi deixar um espaço aqui para todas aquelas que já me inspiraram num dia, mesmo que sem saber. Não as culpo por isso, culpo meus olhos. São eles que se cruzam com os mais lindos olhares, com os olhos que o hipnotizam, com os sorrisos que os iluminam, o andar que encanta, os lábios que deseja. Coisas que ele capta quase inconscientemente e quando percebo, estou enfeitiçado.

E dá-se bem assim, numa fração de segundos ou em horas em que passo a apreciar, mas são vocês a fonte disso tudo e mesmo que esse pequeno texto nada mude na vida de vocês (assim como me desconhecem, eu as desconheço é impossível saberem de quem falo), é só mais um texto anônimo, sobre pessoas anônimas, mas que sei que são pessoas que encantaram meus olhos, de alguma forma, em alguma intensidade...

segunda-feira, 9 de julho de 2012

Infinito Azul


Hoje olhei para cima e vi o céu azul, lembrei dos seus olhos. Parece clichê e até mesmo é, mas é assim que as coisas se passam em minha cabeça: Em metáforas que mesmo sendo clichês são lindas aos meus olhos.

Pare e imagine, aquele céu azul, reflexo da imensidão do mar e tendo ele própria a sua imensidão, puro, limpo e ao mesmo tempo, tão misterioso. Não se vê o seu fim, nem começo, apenas a imensidão azul.

E tal é a dona desses olhos, que me perco a vislumbrar, que é tão misteriosa a mim e parece um viajante perdido, navegando devagar e a deriva neles. Mas também é assim que nascem as poesias, dos fatos pequenos, do ângulo que ninguém vê, da vontade...de viver.

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Você me intriga, faz a minha cabeça girar e eu não consigo mais lembrar o que eu queria dizer. Você sempre sabe o que está fazendo e tem uma saída pra tudo. Me deixa ter o universo nas minhas mangas também, eu ando fascinada por tudo que envolve a minha vida. Você diz que sabe exatamente do que eu sou feita, me leva pra algum lugar com pessoas que eu não conheça e me deixa lá. Me solta no mundo e volta dois anos depois pra ver o que eu me tornei.

E aí a gente descobre se eu sou mesmo tudo isso que você enxerga.

sábado, 7 de julho de 2012

Tanabata Matsuri

[Antes de lerem o post, se não conhecerem a data, passem: http://pt.wikipedia.org/wiki/Tanabata]




Tanaba Matsuri!! Você já fez o seu pedido? Já sabe o que pedirá? Eu fiquei pensando nisso algum (muito) tempo. O que eu deveria pedir? Parece que minha vida tem tomado um rumo bom, aos trancos e barrancos, porém pouco a pouco ela vai me surpreendendo cada vez mais. A vida vai me dando várias surpresas e a cada caída, sempre há um ápice depois. E cá estou eu, vivendo cada diz de uma vez, conhecendo coisas novas, pessoas novas, vivências novas, reencontrando pessoas velhas, coisas velhas e vivências velhas. E vou evoluindo a cada passo.
Mas, acima de tudo, eu ainda tenho um desejo a fazer. Talvez seja um simples egoísmo do momento, mas eu apenas queria que as pessoas mantivessem seus sorrisos, porque aos meus olhos elas são as coisas mais belas e puras que eles podem ver. Sorria hoje, amanhã, pelas pequenas ou grandes coisas, mas sorria, porque um sorriso é puro e nos mostra muita coisa....

sexta-feira, 6 de julho de 2012

Vazio


Não nego que o tempo que fiquei sem escrever e as circunstâncias atuais me produzem uma certa ansiedade por escrever, mas penso que houve um estressor, um sonho tão forte que eu ainda acordei com resquícios reais do que foi mágico e imaginário. Sua cabeça te prega peças as vezes, não? E é tão irônico o destino que cá estou, sentindo o que uma amiga me disse: " Sonhar é bom, mas triste é acordar nessa realidade fria!"

E é esse sentimento que carrego, se antes eu adormeci e acordei com o calor em meu peito, agora encontra-se um imenso vazio que não sei como preencher. Porém sei os motivos disso tudo: Estou olhando para dentro de mim.

Quando mais eu olho para dentro de mim, mais eu me vejo como um monte de buracos, onde a luz passa e vê-se o outro lado, mas não se vê o que há dentro. Tento tapa-los num ímpeto furioso e impulsivo; e então percebo que me tornei um monte de remendos, costurados um no outro constituindo a grotesca figura que sou. Cabe a mim puxar o fio, que liga-me a todas essas costuras, mas tenho medo de perder até mesmo o meu estepe, que impede que as pessoas vejam através de mim, que prende o conteúdo imaginativo meu dentro de mim e o protege contra a luz fria que vem de fora.

Fecho os olhos, chegou a hora...sim...esse sou eu. Com os fios espero joga-los fora e não mais fazer marionetes, com os outros, comigo mesmo, com a minha vida que tornou-se uma falsa peça de teatro, onde eu sempre acho que sei o fim, mas ele me mostra que até mesmo os cálculos frios possuem erros e até mesmo as maiores certezas, são incertas. Então paro de brincar, para me render a mim mesmo e diferente do que Freud nos disse, não estou tirando eu de mim mesmo, mas me recolocando no lugar para que eu possa caminhar, nu, cru e quente, sem o medo de passar vexame ou ser vil, sem o medo de me julgarem e de me apontarem, afinal é por esses buracos que eu também enxergo a luz, no fim do caminho e no caminho que já percorri...