A chuva veio cair sobre mim hoje, nesse frio que está! Na hora me senti levemente incomodado, tentando me esconder dela. Foi então que lembrei, que devo muito a ela. Fonte de tanta inspiração para tantas poesias, fonte de brincadeiras embaixo dela, sem se importar com o que viria depois: Deixávamos apenas a chuva lavar nossos corpos e almas enquanto nos amávamos. Fonte de quebra de rotina, sinal de ficar embaixo das cobertas, beber com os amigos, sinal de tanta coisas...
E ela caia solitária nessa manhã, as pessoas correndo e se escondendo dela, esquivando-se. Eu, simplesmente tirei a touca e deixei que ela caísse sobre a minha face, num gesto de devoção, devoção do ser humano que na fria rotina, deixou-se esfriar ainda mais pela chuva, mas sentia o calor das lembranças que ela trazia e diferentes dos que corria dela, a procurava, para lembrar cada vez mais, viver as lembranças de novo e sorrir. Como um bobo em meio de todos, preso num mundo imaginário, antes de acordar novamente e sentir o frio da chuva na face, correndo dela e fugindo.
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