domingo, 30 de dezembro de 2012
My mind can't stop
Por algum tempo quis escrever sobre o modo como penso e tenho idéias, escrever sobre escrever.
Dizem que as pessoas mais quietas são as que possuem as mais fantásticas idéias. Não sei se é verdade, afinal não sou um cara muito quieto e também não é a minha mente. É nas horas em que elas se aquieta que eu começo a me agitar, esse estado de silêncio e paz de pensamentos me faz mal.
Eu preciso da minha mente agitada, preciso dela conturbada e cheia de idéias e descobri que isso me leva a procurar estimulá-la de inúmeras formas: Me ocupando com alguma coisa, ouvindo música, pensando em materiais para criar coisas (sim, eu crio coisas inúteis com materiais que acho jogado em casa) e tudo isso faz com que ela nunca pare.
As coisas aparecem em minha mente como cenas desligadas uma das outras e a imaginação faz as associações, um modo de pensar um pouco distinto dos outros e capaz de interligar coisas que não parecem ter nexo nenhum. Não sei por que nem como, mas quando as pessoas me dão um tema, uma palavra ou quando uma ideia vem a minha mente, ela começa a trabalhar incansavelmente fazendo as suas inúmeras interligações, agitando-se e procurando fios soltos para interligar. Isso faz com que eu precise escrever logo essas ideias e isso se reflete no modo impulsivo que escrevo.
Quando não sou veloz o suficiente ou a ideia se perde ou ela fica martelando na minha cabeça por tempos, até que achar outra história para ela.
Cada vez mais chego a conclusão que sou um tanto louco....
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sábado, 29 de dezembro de 2012
About Angels
No fim, resolvi escrever sobre você (de novo). A frase ainda martela e minha cabeça mesmo depois de coloca-la na imagem, mas o tema já é outro porque eu te disse: você me toma os pensamentos e preciso tirá-la deles (se é que consigo) antes de começar a produzir algo.
Também descubro que as horas estão correndo sem que eu perceba, eu estou descobrindo um pouco de você a cada dia que passa e não deixo de me surpreender com tudo isso que descubro, pior, você me encanta em cada pedaço que já conheço e me fascina em cada um que estou a descobrir.
Era mais uma noite perdida, estava pensando em ir dormir, porém não queria te contar, quando percebi o tempo passou e você me envolveu de um modo incrível com naturalidade e uma facilidade ainda maior. Percebo também que é ao seu lado em que eu consigo abrir as asas, antes recolhidas numa personalidade que não era exatamente minha, é ao seu lado que eu sinto um prazer de ser quem eu sou.
É certo que você também descobre um pouco mais de mim dia após dia e é nesse momento em que eu torço que seja com a mesma fascinação, o mesmo desejo que é a minha descoberta sobre você, que não para de me surpreender a cada dia, ainda que eu jurava que sabia tudo sobre você.
Por último, só queria dizer que também estou fazendo de propósito. Para que? Não sei ao certo, mas sabe como são os escritores, só conhecem um jeito de mostrar o amor e também porque gosto de irritá-la um pouco, conhece como sou...
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quinta-feira, 27 de dezembro de 2012
O que a chuva traz
A chuva começa lá fora e estou preso novamente no meu apartamento. A televisão já é chata e nada de interessante se passa nela. Meus amigos estão fora e não estou com ânimo para ligar para alguns, restou a companhia de alguns livros que cansam a minha vista. Tudo parece tedioso e ouço apenas a chuva caindo lá fora.
Mas também é ela (que confesso, é um tema de meu agrado) que me traz sensações e lembranças nostálgicas. Aquele sentimento inexplicável de que lhe falta algo, sentimento de querer voltar no tempo para refazer algumas coisas e momentos para refletir.
Olho pela janela e lá está o Buda de pedra da minha mãe, em sua postura de meditação. A chuva o castiga e ele continua na mesma disciplina, intacto. O limo que sucede a chuva o toma, ainda assim ele não move um dedo e continua em sua disciplina impecável. Entendo que é essa disciplina que me falta.
Disciplina para organizar meus pensamentos na hora em que eles aparecem e não posterga-los, agora entendo o turbilhão que se faz em mim. São todos sentimentos despertos que eu quis silenciar e dou vida e ar a eles nessa pequena reflexão.
Porque a chuva traz muita coisa, ensina muita coisa e....a campainha tocou, talvez seja você para compartilhar tudo isso comigo...talvez...
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domingo, 23 de dezembro de 2012
Meme 11 coisas
Regras:
Escrever 11 coisas aleatórias sobre si mesmo;
Responder as 11 perguntas criadas pela pessoa que te indicou e criar 11 novas perguntas para as pessoas que irá indicar;
Escolher 11 pessoas para responder a tag e colocar o link dos seus respectivos blogs; (Avisar aos blogs escolhidos)
Não retornar a tag pra quem te enviou;
Postar as regras.
11 fatos aleatórios:
3 - Qual seria a última coisa que estaria fazendo antes do mundo acabar (caso tivesse acabado)?
4 - Se pudesse viver um dia dentro de um jogo, qual seria?
5 - Se tivesse uma máquina do tempo, pra qual momento histórico voltaria?
6 - Qual seu filme preferido?
7 - Se pudesse entrar dentro da história de um livro, qual livro escolheria?
8 - Sua bebida favorita?
9 - Quando tem tempo livre, o que mais gosta de fazer?
10 - Que tipo de música você ouve num dia nublado/chuvoso?
11 - Qual foi a última música que ouviu hoje?
- Sweet child of mine - Guns
Escrever 11 coisas aleatórias sobre si mesmo;
Responder as 11 perguntas criadas pela pessoa que te indicou e criar 11 novas perguntas para as pessoas que irá indicar;
Escolher 11 pessoas para responder a tag e colocar o link dos seus respectivos blogs; (Avisar aos blogs escolhidos)
Não retornar a tag pra quem te enviou;
Postar as regras.
11 fatos aleatórios:
- 1: Eu sempre ando com caderninhos e coisas pra escrever, porque do nada eu tenho idéias e preciso escreve-las
.
- 2: Durmo coberto até a cara, meus irmãos brincam dizendo que eu durmo em forma de casulo.
- 3: Durmo em qualquer lugar, em qualquer momento e em qualquer posição, tenho a incrível habilidade de "apagar" em menos de 5 minutos.
- 4: Sou louco por coisas azedas, sei lá por quê.
- 5: Tenho uma pinta num lugar secreto xD
.
- 6: Gosto de fazer todos os presentes que dou.
- 7: Tenho uma fixação em fazer cartões e bilhetinhos.
- 8: Todas as pessoas me fascinam.
- 9: Sou viciado em sorvete de pistache.
- 10: Gosto de ursos polares.
- 11: Ta difícil já, chega!
11 Perguntas feitas a mim:
1 - Qual a sua música favorita? Por quê?
- Atualmente deve ser a Notes 'n' words do One ok Rock. Romântica no ponto certo com um leve rockzinho.
2 - Se usasse óculos, qual seria a cor da sua armação?
- Isso é um segredo, eu uso (mas não uso) e é vermelha
3 - Qual seria a última coisa que estaria fazendo antes do mundo acabar (caso tivesse acabado)?
- Acho que estaria junto as pessoas queridas a mim.
4 - Se pudesse viver um dia dentro de um jogo, qual seria?
- Sem dúvida FFVII
5 - Se tivesse uma máquina do tempo, pra qual momento histórico voltaria?
- Sempre quis conhecer a época do Shogunato do Japão
6 - Qual seu filme preferido?
- Preferido eu não sei, mas acho que fico com meu malvado favorito haha
7 - Se pudesse entrar dentro da história de um livro, qual livro escolheria?
- Algum do Sherlock Holmes.
8 - Sua bebida favorita?
- Suco, é, não posso beber.
9 - Quando tem tempo livre, o que mais gosta de fazer?
- Dormir haha
10 - Que tipo de música você ouve num dia nublado/chuvoso?
- Normalmente as românticas mais calmas.
11 - Qual foi a última música que ouviu hoje?
[To com preguiça de fazer o resto haha~]
sábado, 22 de dezembro de 2012
Dream Maker
Essa também é uma homenagem a você Lu, estou com saudades, volta logo!
Sonhar é um ato único, mais do que isso, é tão belo os sonhos. Ali, somos quem queremos, fazemos o que queremos, temos o que queremos e tantas outras coisas são possíveis ali. É saudável sonhar, faz bem e nos alimenta a esperança.
E onde eu entro nessa história de sonhos? Sou como uma pequena ferramente para que vocês se lembrem deles. Como? Bom, eu me esforço ao máximo para dar a luz, não só aos meus, mas aos seus sonhos também.
É através da minha única arte que crio universos, situações, pessoas, personagens e sonhos. É através das palavras que crio um outro espaço para que possam sonhar. Isso é muito mais do que eu uma auto reflexão sobre a minha função e prazer, mas é também um agradecimento a todos aqueles que leem e dão algum tipo de retorno. Sempre é importante para mim, sempre é importante que eu continue alimentando o meu e o sonho de vocês...
Esse é um universo compartilhado e não apenas meu. Assim é para ser esse espaço.
Agradeço no fim, a você Tori, minha companheira desse pequeno espaço.
quarta-feira, 19 de dezembro de 2012
That's a secret
[Desculpe, sou péssimo nisso, mas estou me esforçando. Essa é uma das minhas imagens preferidas]
Já te disse que escrever pensando em alguém ou em algo é coisa que eu não faço e o motivo é puramente porque os meus sentimentos vão além das minhas palavras e isso costuma causar dois problemas: O primeiro é que com os sentimentos falando sempre mais alto, os textos são confusos e ruins, o segundo é que os sentimentos nunca se encaixam nas palavras e sempre elas parecem vagas pra mim, o que me leva a não gostar dos textos.
Mas hoje, abro uma excessão.
Não é um pedido de desculpas, mas uma forma de te mostrar o que eu sinto. Se são as minhas palavras que te machucam, são as mesmas que vou usar para te mostrar o que realmente sinto.
Eu te amo. Não quero mais esconder isso, talvez você tenha que esconder esse fato, mas eu não preciso mais. Eu te amo em todas as suas facetas, em todos os seus estados, em todos os seus modos. Eu não pedi uma foto de aniversário à toa, me faz falta vê-la, ter algum contato com você de alguma forma, de qualquer forma.
E nós dois bem sabemos o que a distância faz e o que ela causa. Mas acima de tudo, nós dois sabemos o que esse meu sentimento me levou a fazer e o quanto ele resistiu, por tempos, por situações e por complicações.
É por ser tão tolo esse sentimento que esse texto se torna igualmente tolo, não há nada de diferente aqui: simplesmente está aqui tudo o que eu sinto, no meu mais profundo desejo. Desejo esse que sei que é proibido, desejo esse que me dá muito medo. Porque acima de tudo você se tornou essencial pra mim, é essencial pra mim te amar.
São as noites que não penso em você as mais frias, agradeço a minha imaginação e sonhos me possibilitarem o trabalho de conseguir estar mais próximo de você. O travesseiro não é macio o bastante, mas é o abraço quente e macio que não posso ter, mas as noites não se tornam assim, tão frias.
Misu, eu te amo. E isso é tudo que eu tenho a dizer.
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terça-feira, 18 de dezembro de 2012
Cupido
Acho que vou por o meu cupido a venda, ele já está cego. De novo ele errou, eu disse a morena do lado e não a loira da frente...
Brincadeiras a parte, ele realmente anda cego ou querendo me cegar, por que você sempre escolhe as mais complexas? As mais difíceis de lidar? E se não é uma ou é outra, as inalcançáveis?
Penso que você gosta de brincar comigo, de me testar, as vezes de me ver sofrer e principalmente de me ver tentar....
Mas... também não seria amor se não fosse complexo. Não seria amor se não me fizesse sofrer, me fizesse lutar, insistir e não desistir. Sem todo esse jogo, sem toda essa complexidade e complicação, não seria amor. Não ao meu ver, gosto de andar nos caminhos tortos, porque no fim eu sempre tenho o sentimento bom de ter chego naquele ponto.
De qualquer forma, melhore sua mira na próxima...
domingo, 16 de dezembro de 2012
Como cuidar de Rosas
Descobri como são delicadas as Rosas e como é difícil cuidar delas hoje! Sim,as pétalas caem com o vento, é preciso aparar o vento com alguma coisa para que não arranque as pétalas, da mesma forma que elas murcham se não recebem água constantemente e se mancham se a água caí sobre as pétalas, um paradoxo complicado de se resolver.
Elas também possuem espinhos que precisam ser cortados antes de ser entregue a alguém ou podem machucar. Ao mesmo tempo que precisam sobreviver a muitas coisas: O caminho até a entrega a pessoa, a recusa e muitas vezes a arremesso ou movimentos destrutivos daquele(a) que a recebeu.
Também, não resistem muito a chuva, ao calor, ao vento e as mudanças bruscas de clima. Precisam se enfeitar para parecerem mais bonitas aos olhos de quem as recebem e entre tantas outras coisas que aprendi convivendo um dia com uma Rosa.
Mas sempre penso: se assim é o cuidado com as Rosas, como deveria ser o cuidado com as suas mulheres? Talvez, mais delicadas que as Rosas, há momentos que elas também precisam de alguém para lhe aparar os ventos, reparar em todo trabalho que tiveram para se arrumar, alguém para cuidar delas…
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sábado, 15 de dezembro de 2012
Tea Time
[É a mesma postagem do meu blog de contos, mas é que eu gostei e resolvi postar aqui também]
A tarde estava chuvosa e fria, estavam os dois presos naquela pequena casa em estilo japonês. A chuva os tinha pego desprevenidos e agora estavam os dois naquele pequeno recinto, descuido? Talvez.
Ela estava completamente nervosa, tinha o convidado para acompanhá-la até em casa porque não queria voltar sozinha para casa, ele tinha aceito, mas no meio do caminho a chuva os pegou. As roupas ainda estavam molhadas.
Ele olhava pela grande janela da casa, a chuva caindo lá fora, esperando que cessasse. Até que foi surpreendido por um cheiro adocicado e uma xícara de chá a sua frente. Moldou um sorriso tímido, agradeceu e começou a beber o chá, apreciando-o junto a chuva que observava pela janela.
Não era a reação que ela queria, as mãos tremiam num misto de medo, raiva e insegurança, até que derrubou a própria xícara, deixando o chão ainda mais molhado do que já estava. A face ficou rubra na hora, não sabia onde se esconder. Ele, assustado virou-se e foi ajudá-la a secar o chão. Foi uma das poucas vezes que seus olhares se cruzaram e a primeira vez que ele entendeu.
Entendeu o que era alguém estar apaixonado por você, o que era aquele olhar que ainda medroso mostrava todo aquele amor. Depois não viu mais nada, foi apenas invadido pela sensação quente e doce do beijo, envolvendo-a nos braços. O que se seguiu foram cenas ainda mais quentes, ainda mais doces com toda a inocência que dois adolescentes ainda portam. Os vidros se embaçaram e o quarto esquentou. A chuva não parece a eles tão ruim, nem mesmo o chá que esfria sobre a mesa e sobre o chão…
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sexta-feira, 14 de dezembro de 2012
Dia de sonhar
Hoje é um bom dia para sonhar! O dia está um tanto frio e chovendo pouco, o que normalmente prende as pessoas em casa.
Aos solitários, hoje é dia de sonhar com uma companhia, dia para ligar para as pessoas que não vê faz tempo e quem sabe, se surpreender com uma boa conversa com velhos amigos.
Aos apaixonados, hoje é o dia de fazer planos juntos, sonhar com um futuro tão cheio de amor quanto está se vivendo agora enquanto goza da companhia do outro.
Aos sonhadores, é dia de sonhar e se perder nesse mundo tão mágico que a nossa cabeça constrói, mundo individual e que é construído passo a passo, desejo a desejo.
E a mim, hoje é dia de sonhar com qualquer coisa! Um dia para um recomeço e mesmo tendo a cara de todos os outros dias, hoje é dia de sonhar...
quinta-feira, 13 de dezembro de 2012
Sometimes
Algumas vezes eu queria apenas ter uma câmera na mão ou então uma memória impecável. Queria para os momentos em que só eu vejo, mas que queria simplesmente guardar.
São aqueles pequenos momentos em que você boceja de um modo delicado ou simplesmente me olha como não quer nada, senta-se no chão e se interessa por alguma coisa. Momentos em que está longe e eu a vejo vindo e disfarçando eu dou um sorriso.
Só então eu vejo como meu coração e eu somos tolos. Alegram-se com pouco, apaixonam-se por coisas simples, mas que são únicas e estão em você.
Pior de tudo é ter de chegar em casa e reviver tudo isso, querer (d)escrever sobre todas as cenas que vi. (Re)viver tudo aquilo de novo com um pequeno vazio e uma pequena ressalva: você não está aqui e está cada vez mais distante.
É querer e não poder tocar, é ver e não poder contemplar. É amar sem saber amar e simplesmente se torturar, ao seu lado, numa insistência vaga e numa esperança ainda mais vaga de que um dia você irá olhar para trás e reconhecer a sombra que sou, mas que como tal, te acompanha passo a passo com um cuidado meticuloso. Calcula cada passo para que não caia enquanto anda um pouco sem jeito, cada puxada que dá quando você atravessa distraída, cada palavra que mente para te alegrar e cada sorriso, que esconde para que o amor não se mostre.
São aqueles pequenos momentos em que você boceja de um modo delicado ou simplesmente me olha como não quer nada, senta-se no chão e se interessa por alguma coisa. Momentos em que está longe e eu a vejo vindo e disfarçando eu dou um sorriso.
Só então eu vejo como meu coração e eu somos tolos. Alegram-se com pouco, apaixonam-se por coisas simples, mas que são únicas e estão em você.
Pior de tudo é ter de chegar em casa e reviver tudo isso, querer (d)escrever sobre todas as cenas que vi. (Re)viver tudo aquilo de novo com um pequeno vazio e uma pequena ressalva: você não está aqui e está cada vez mais distante.
É querer e não poder tocar, é ver e não poder contemplar. É amar sem saber amar e simplesmente se torturar, ao seu lado, numa insistência vaga e numa esperança ainda mais vaga de que um dia você irá olhar para trás e reconhecer a sombra que sou, mas que como tal, te acompanha passo a passo com um cuidado meticuloso. Calcula cada passo para que não caia enquanto anda um pouco sem jeito, cada puxada que dá quando você atravessa distraída, cada palavra que mente para te alegrar e cada sorriso, que esconde para que o amor não se mostre.
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terça-feira, 11 de dezembro de 2012
Não mais
Perdão, não lembro se a imagem é repetida
Não quero mais ser assim, não, não quero, já disse! Eu preciso fazer o meu coração parar de ser tão tolo e se apaixonar tão fácil...
Não que você seja uma paixão supérflua, não que você não seja uma grande paixão e que você seja uma qualquer. Pelo contrário, você é aquela que fez esse coração tolo voltar a se apaixonar.
E é por ter todas as coisas que ele procura que você o fez despertar e é tão fácil convence-lo que você é a pessoa certa. Sua voz o deixa mole, aqueles pequenos minutos a mais que você demora pra aparecer fazem com que ele se acelere e quando está com você, parece querer sair do peito e abraçar seu coração. E por mais clichês que tudo isso parece e é, são os clichês que fazem desse amor e desse coração tão tolo.
Mas como diria Pessoa, é tolo também o amor e se eu não me tornasse tolo por amá-la, eu sei que eu não saberia amá-la. É por ser tolo, por querer ser tolo e por fazer das piores loucuras que meu amor se mantêm, mesmo que em segredo, mesmo que nos pequenos gestos, nos mínimos olhares e mesmo que censurado por tantas outras coisas. É a tolice que o mantêm vivo...
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Foto
Tentei juntar as antigas fotos, as antigas cartas para reconstruir o meu passado. Imaginei que assim entenderia o meu presente e predicaria o meu futuro.
Mal sabia eu o quão errado eu estava, olhar as fotos faziam sim eu voltar ao meu passado, mas olhava-o de um modo diferente, o que parece óbvio não me era até eu sentir e me deparar com aquilo: eu já não sentia o que as fotos queriam registrar.
Fosse os amores antigos, a risada registrada, a dor das lágrimas ou o calor de uma praia, tudo isso era reconstruído na minha memória de modo frio e racional, como meras cenas que passaram em cenários quaisquer.
Mas meu corpo não sabe muito bem mentir. Ele as vezes sente uma pontada no peito, devido ao vazio que você deixou, sorri sem motivo naquela foto alegre e sente-se saudoso quando vê a praia. Descubro que no final, por mais mentiroso que eu queira ser, eu simplesmente não consigo.
Meus versos são essa prova. Finjo amar, mas no fundo sei que amo, finjo estar chorando, mas por dentro estou dilacerado. Finjo ser escritor, bom...esse eu finjo mesmo.
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domingo, 9 de dezembro de 2012
Emoções e relações
São sempre as emoções que conversam comigo, mas parei para ouvi-las uma única vez.
Disse-me a solidão que ela odiava ficar só e por isso andava sempre junto a saudade.
Essa me disse que por sua vez, sente muita falta e por isso sofre de amores pelo amor.
O amor me disse que é platônico e tem muito medo, por isso sempre espera a paixão.
A paixão sem freios e inconsequente achou o seu lugar no conforto.
Esse por sua vez disse esquentar em seus braços.
Seus braços me disseram ser quentes somente pelo seu coração.
E o seu coração...
Bom...o seu coração sempre me faz passar por tudo isso e vou encerrar essa conversa com ele, antes que todos esses sentimentos passem a brigar, a se misturar e mais uma vez eu caia de amores por você!
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quarta-feira, 5 de dezembro de 2012
Vou rifar o meu coração
É isso mesmo, vou rifar o meu coração! Vou coloca-lo na vitrine, sem preço, sem nada. Deixar que as pessoas que querem levá-lo, cuida-lo, joga-lo fora ou tirarem ele dali por caridade, não me importo, vou rifá-lo!
É tempo de viver amores falsos, ilusões de amor e carinhos vagos. Posso ser o que você quiser, quem você quiser, sem compromisso algum, passe e leve o meu coração, como quem não quer nada, experimente e se não gostar devolva.
Esse é o castigo, esse é o seu castigo por ser tão tolo, seu castigo por ter me torturado em seus amores cegos, em seus amores intensos e seus amores perdidos. Eu sou cruel também e não vivo só de você, tolo coração.
Então vou te deixar de castigo, vou tortura-lo com amores falsos, com ilusões de amor, com o amor comprado e combinado...até que você entenda que mesmo com tantos amores, que mesmo em tantas mãos, em tantos lugares, em tantos outros corações, você ainda é dela...
No fundo você sempre foi dela e ambos sabemos. Vamos parar de nos torturar e logo aceitar, é o amor dela que precisamos, é a presença dela que o anima e me anima. Vamos parar de rifá-lo e deixá-lo, no bau seguro que ela criou, parte no peito dela, parte nas mãos e outra junto ao coração dela....
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Postes de luz
É como naqueles filmes hollywoodianos. O ar obscuro enquanto você anda numa rua deserta, levanta a gola do cassaco para se proteger do frio que faz as suas bochechas corarem, mas não de um jeito bonito ou gracioso, simplesmente de frio, levanta os ombros para se proteger melhor e caminha.
A sua sombra é a sua única companheira, o barulho dos seus passos fazem ecos, num jogo de sons e visões para não te fazer parecer tão solitário, parece que caminham ao meu lado, parece que tenho companhia... mas pior de tudo isso são os momentos reflexivos, embalados pelo clima do andar.
A lua ilumina fracamente a rua que é mais bem iluminada pelos postes de luz. Levanto o olhar em direção a eles, forçam meus olhos a se cerraram e por vários instantes encaro a luz sem sair do lugar, até voltar a andar.
Engraçado como as pessoas, as minhas relações, as minhas memórias são como esses postes de luz que magicamente vão se apagando quando eu passo por eles, deixando a rua atrás de mim escura. Assim são as minhas relações, as pessoas veem, aparecem, gravam suas memórias, sua ternura, seu carinho ou o que quiserem gravar e então o tempo passa, a vida corre e eu as apago ou elas simplesmente me apagam. As luzes vão se apagando uma a uma até a rua se tornar um completo breu e eu nem sei para onde estou caminhando.
Mas toda lâmpada, toda luz ainda deixa resquícios e em meio as sombras, ainda é possível ver a fraca luz piscar, deixam também sensações como aquele gostoso calor que aquece as suas mãos quando se está perto. E no fim, eu não sou o aniquilador de todas as luzes, sempre há um acendedor de lâmpadas atrás de mim, cuidando para que essas luzes não se apaguem e quando todas se acendem, continuo o meu caminho, afinal eu consigo enxergar à frente e até onde eu preciso ir...
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terça-feira, 4 de dezembro de 2012
23
Esses seus olhos cor-de-você-mesmo perdem o brilho quando repousam em mim. Essas suas mãos têm um toque frio nos meus ombros. Sua voz não me acorda as borboletas no meu estômago. Está mais do que claro que eu não sou o espelho certo para te refletir. (Justo eu que queria tanto amplificar essa sua luz!)
Te escrevo frases que machucam e não tenho coragem de mandar. As palavras bonitas se perdem na minha garganta e eu fico sem dizer - dizer o que mesmo?
Cada dia mais eu me convenço de que ainda não aprendi a deixar as pessoas irem embora.
Te escrevo frases que machucam e não tenho coragem de mandar. As palavras bonitas se perdem na minha garganta e eu fico sem dizer - dizer o que mesmo?
Cada dia mais eu me convenço de que ainda não aprendi a deixar as pessoas irem embora.
E entre tudo...
E dentro de todos os assuntos que tenho para escrever sobre, eu escolho você. E sabe por que?
Porque é você que me motiva a tal, é o motor que me impulsiona a criar esse mundo para nós, mundo que permeia, brinca entre o imaginário e a realidade. O presente do meu adulto com a ingenuidade e genialidade do meu eu criança...
Construído pouco a pouco. Cada palavra é um tijolo, cada tijolo é um segundo que passo com você. De uma pilha de tijolos vem uma casa, então um castelo de um conto de fadas que quero que me ajude a construir.
Me dê a mão, feche os olhos e viva comigo essa fábula sem fim, porque aqui as horas não correm como segundos, mas são eternas, reescritas e reeditadas para que sempre fiquem como nós queremos nesse refúgio seguro...
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domingo, 2 de dezembro de 2012
O mundo sobre as linhas do papel
Antes de começar, queria me desculpar por duas coisas: a falta de posts (pelo menos isso faz com que vocês apreciem mais os posts da Tori) e o título. O primeiro se deu pelas provas da faculdade e o segundo porque eu sou uma criança e o título veio dessa forma em minha mente e eu não quis negligência-lo.
Escrevo sobre o meu modo de escrever, sobre o meu escrever. Eu não sabia até me chamarem atenção, eu não sabia até as pessoas próximas me dizerem o quanto o meu escrever conta. Acho que como autor eu nunca me dei muito crédito, como escritor eu nunca me dei muita perspectiva. Querendo ou não era sempre uma luta contra mim e contra esse sentimento de uma escrita vazia e auto reflexiva.
Vejo agora que é mais do que os meus olhos vêem e mais do que meus dedos escrevem. Estou aqui criando mundos em que as pessoas se identificam, mundos que as pessoas tem onde se encontrar, tem onde se confortar, tem onde depositarem as suas expectativas, os seus amores, as suas dores, as suas felicidades e as suas lágrimas.
Vendo isso eu só tenho uma coisa a dizer: obrigado. Obrigado a todos vocês que compartilham desse meu mundo que disponho a vocês, me vejo agora como um artista diferente e não tão só, me vejo agora quase como um modelador de mundos e somado a minha paixão por escrever, agora vem junto esse sentimento delicioso de estar criando espaços para as pessoas. Porque também acho que todos os sentimentos precisam ter o seu lugar, que as coisas que apenas nós captamos precisam ser gravadas, que as palavras que nunca quisemos falar tenham também o seu espaço, os segredos que guardamos tenham um outro baú para serem guardados...
Enfim, agradeço a todos que me fizeram ter essa percepção e não se preocupem, eu cuido bem de todos esses seus sentimentos....
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22
Sinto falta de quando as pessoas não tinham medo de dizer não.
Sinto medo quando as coisas não saem da maneira que eu planejei.
Sinto raiva quando me vejo criando expectativas.
Sinto vontade de rir quando preciso explicar a mesma coisa mil vezes.
Sinto o estômago revirar quando me perguntam se eu tenho certeza.
Sinto meus pés no chão quando imagino o futuro.
Sinto vontade de discutir quando me contrariam.
Sinto ódio quando perco.
Sinto vergonha quando precisam me lembrar de que vencer não é tudo.
Sinto dor quando o assunto é ciúmes.
Sinto pena de mim quando começo a pensar nessas coisas logo antes de dormir.
Eu não vou descansar, e a noite vai ser longa.
21
Vai embora logo, porque essa sua cara de quem não quer ficar me envenena mais a cada minuto. Eu não gosto de gente que está em dois lugares ao mesmo tempo, que tenta ser o mesmo com todo mundo. Quando você fecha os olhos no meio de uma frase e começa a pensar nos segundos que faltam, o relógio parece que desacelera e a ansiedade toma conta. Vai embora, vai embora, vai embora, vai embora — não finge que quer estar aqui, porque eu enxergo nos teus olhos que é mentira.
Faz esse favor para mim.
Faz esse favor para si mesmo.
VAI EMBORA, caramba!
(só você não aceitou ainda que as coisas mudaram completamente.)
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